Saúde sexual feminina e masculina em discussão

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Saúde sexual feminina e masculina
Saúde sexual feminina e masculina

Estudar o impacto e importância da Saúde sexual feminina e masculina na segunda metade de vida é a iniciativa para levar ainda mais avante. Um estudo e reflexão a nível mundial.

Saúde sexual feminina e masculina

Os Laboratórios Pfizer propuseram-se a estudar, numa perspectiva mundial, a vida sexual dos seres humanas na segunda metade de vida. O dito estudo envolve 20 mil mulheres e homens em mais de 10 países, entre os quais a Austrália, Brasil, França, Alemanha, Itália, Japão, Espanha, Suécia, Grã-Bretanha e os Estados Unidos.

O XVI Congresso da Associação Europeia de Urologistas, que decorreu recentemente em Genéve, na Suiça, foi o cenário no qual ficou conhecida a intenção de realizar este estudo mundial. Edward Laumann, do Departamento de Sociologia da Universidade de Chicago, e um dos investigadores do projecto comentou mesmo que “a opinião pública está mais consciente que já é possível tratar alguns problemas relacionados com a sua saúde sexual.

No entanto, ainda existem barreiras que impedem a efectiva utilização dos tratamentos disponíveis, incluindo o reconhecimento do problema e a relação médico/doente.”

Este estudo vai possibilitar a tomada de consciência relativamente à importância da saúde sexual para os seres humanos. O estudo vai incidir precisamente nas atitudes que os homens e mulheres adoptam a partir dos 40 anos, e é essa análise que vai ser fundamental para perceber a comunicação e relação existente entre doentes e médicos.

Todo o trabalho tem por base uma investigação aprofundada prévia, incluindo a experiência de tratamento de disfunção eréctil em mais de 13 milhões de homens, nos últimos três anos. Esta é o objectivo de Jack Watters, que acrescenta ainda: “Esperamos que os dados do inquérito possam servir de base à elaboração de material educativo que venha facilitar um diálogo aberto sobre saúde sexual.”

Só há bem pouco tempo é que a saúde sexual tem sido motivo de discussão, nomeadamente a homens e mulheres com mais de 40 anos. Na medida em que não se conhecem os motivos principais do aparecimento de vários problemas, os avanços neste âmbito têm sido quase nulos, até mesmo porque os doentes não comunicam com o médicos. Assim, os tratamentos eficazes são extremamente difíceis de serem obtidos.

A Pfizer, pioneira do estudo, realizou um inquérito a 1000 indivíduos, 100 homens e 100 mulheres por país, com idades superiores a 40 anos, na Grã-Bretanha, Alemanha, França, Espanha e Itália.

As conclusões são evidentes: 64% dos indivíduos com problemas sexuais falam com os seus parceiros, enquanto apenas 30% procuram o seu médico no sentido de procurar ajuda. Além do mais, 27% não tomaram qualquer iniciativa para resolver o seu problema, e apenas cerca de 6% receberam tratamento específico.

Face a semelhantes resultados, Edward Laumann comenta que “este inquérito preliminar mostrou-nos que existem diferenças culturais na compreensão da saúde sexual e que as prioridades e as barreiras relativas aos tratamentos podem variar de país para país.

As pessoas acreditam que os assuntos relacionados com a sua saúde sexual devem fazer parte dos check up médicos regulares, mas muitos não tomam a iniciativa de abordar este tema.

Esperamos que o estudo venha ajudar a classe médica a compreender melhor o tema da saúde sexual através de um maior conhecimento sobre as necessidades dos seus pacientes e sobre qual a melhor forma de abordar esta importante discussão.”

Um assunto que merece a atenção dos homens e mulheres do mundo inteiro.

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