Conclusões sobre a SIDA são positivas. Portugal encontra-se ao nível de qualquer país da Europa no que toca aos tratamentos disponíveis.
Hoje em dia, já não é necessário um seropositivo ir tratar-se ao estrangeiro, uma vez que a actualização dos sistemas de saúde já permite que um doente que siga à risca todas as indicações médicas não sofra de uma doença mortal mas sim de uma doença crónica.
Apesar de ser ainda impossível erradicar o vírus, hoje em dia já se pode, através da medicação adequada, suprimir os seus efeitos. Desde que o doente cumpra o tratamento – cujo custo ronda os 200 contos mensais – pode manter-se clinicamente saudável. Os tratamentos utilizados actualmente actuam de forma a evitar as chamadas “infecções oportunistas”, geralmente as principais razões para o internamento dos doentes.
Relativamente à transmissão do VIH de mães para filhos, concluiu-se ao longo da conferência que este problema foi significativamente reduzido, graças a tratamentos aplicados às mulheres seropositivas grávidas, assim como aos bebés logo que nascem.
O grande problema no caso português é o facto de a grande maioria dos infectados pelo VIH serem toxicodependentes. Não cumprem devidamente os tratamentos ou consomem os medicamentos juntamente com drogas, acabando por se tornar muito vulneráveis a infecções como a tuberculose.
No entanto, e apesar do custo elevado dos tratamentos (que tende a diminuir), em Portugal os medicamentos são fornecidos gratuitamente e a actualização da terapêutica contra o VIH tem sido feita em todos os países da Europa em simultâneo, razão pela qual o nosso país não se encontra a nenhum nível atrasado em relação ao estrangeiro.