O ano 2000 está à porta. Uma pergunta se coloca: como vai ser a moda do futuro? O futuro?
Por mais que se especule, a verdade é que ninguém tem certezas absolutas quanto ao que ele nos tem para apresentar. Pode ser totalmente diferente de tudo o que temos hoje, mas também pode ser totalmente igual.
A sociedade evoluiu, neste último milénio, em muitos aspectos. E vai continuar a evoluir. A moda, como sua manifestação, não foge ao progresso e adequa-se ás novas circunstâncias e necessidades. Foi e serão sempre assim…
Nos últimos anos do nosso século, muitos dos princípios éticos e estéticos tradicionais conheceram uma nova abordagem.
Inúmeras regras milenares foram quebradas (mostrar as pernas, por exemplo), ganhando o corpo uma importância nunca vista até agora. A moda deixa, progressivamente, de ser um produto exclusivo das classes mais privilegiadas e democratiza-se.
Se viajarmos um pouco por toda a Europa, por exemplo, é fácil vermos as mesmas lojas, com as mesmas peças de roupa. E parece que esta tendência se acentua cada vez mais: internacionalização e nivelamento do gosto parecem ser as características da moda do novo milénio.
O consumismo assim o exige.
Este mercado tem como base uma explosão de tudo o que diz respeito ao universo feminino: são as mulheres os seus grandes clientes.
Ditada durante muitos séculos pelas convenções masculinas, a moda apresenta hoje um cunho mais feminino, com formas menos rígidas e menos “racionais”.
Tendência a que o próprio universo masculino não parece escapar.
No que diz respeito ás inovações, será que ainda há alguma coisa para inventar? Imaginação é o que não falta ao Homem.
Mas tudo parece indicar que as maiores novidades virão da criação de novos tipos de tecidos e de fibras, mais do que o aparecimento de novos modelos capazes de abalar a mentalidade dos mais conservadores.
E o centro de todas estas mudanças irácontinuar a ser, com muita certeza, o mundo ocidental, que dominou e domina o mundo da moda.
Esta é uma indústria com bastantes potencialidades, um verdadeiro negócio. Se as condições económicas e políticas o permitirem, a moda ainda tem muito para dar.
Vamos ver.
