Conhece, com certeza, aquele ditado que diz: Ganharás o pão com o suor do teu rosto. Todas nós já o ouvimos e já o dissemos vezes sem conta. O que procurámos saber é se se trata apenas de uma expressão popular, ou se tem algum conteúdo clínico, a transpiração.
O que é a transpiração?
Para começar, interessa explicar-lhe o que é a transpiração, o que é o suor, que tanta irritação nos causa, sobretudo, nos dias mais quentes.
Tipos de transpiração
Ora bem, explicam os especialistas que nem toda a transpiração é igual. Há, pelo menos, dois tipos bem diferentes, conforme as glândulas que o produzem.
As glândulas écrinas
Em primeiro lugar, temos as glândulas écrinas: funcionam como reguladores de temperatura; quando o corpo atinge uma certa temperatura, o cérebro dá a estas glândulas, uma ordem para que a façam voltar ao normal.
As glândulas écrinas existem em várias partes do corpo, principalmente, na testa, nas palmas das mãos, na planta dos pés e nas axilas.
O suor que produzem é um líquido claro e salgado, a transpiração a que habitualmente nos referimos. Este líquido claro e salgado é composto por sais minerais, ureia e lactatos. Qualquer destes elementos é um excelente hidratante natural.
As glândulas apócrinas
O segundo tipo de suor é produzido pelas glândulas apócrinas. Aqui já não se trata de regular a temperatura do corpo, mas de estimulá-lo hormonal e emocionalmente.
A função deste tipo de suor não está científicamente determinada, mas há especialistas que o relacionam com a atracção do sexo oposto. Trata-se de um líquido constituído por gorduras e proteínas, o que o torna leitoso e viscoso. As glândulas apócrinas existem nos orgãos sexuais de ambos os sexos, em torno dos mamilos e no ânus.
Uma das características que mais relacionamos com a transpiração é o cheiro. Não é uma ideia totalmente correcta, uma vez que o suor, em si mesmo, não tem qualquer odor. O cheiro resulta do seu contacto com os elementos que existem à superfície da pele.
Esta é a razão principal porque um dos locais onde o suor ganha cheiro mais rapidamente são as axilas. São zonas do corpo tradicionalmente quentes, húmidas e pouco ventiladas.