Farmácia em casa: como organizar a sua caixa de primeiros socorros

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Farmácia em casa: como organizar a sua caixa de primeiros socorros
Farmácia em casa: como organizar a sua caixa de primeiros socorros

Vamos ajudar a organizar a sua caixa de primeiros socorros, para que sempre que surja uma situação imprevista seja salva pela sua pequena farmácia em casa.

Farmácia em casa

Pequenas inflamações acompanhadas de dor

No entanto, pessoas que sofram de problemas hepáticos graves e renais só os devem tomar mediante indicação médica.

Para as inflamações acompanhadas de dor (um abcesso dentário, por exemplo) ou para as dores menstruais, o produto escolhido deve ter propriedades anti-inflamatórias.

Exemplos? A Aspirina, Trifene, etc.

Pequenos cortes, arranhões ou bolhas aberta

Estas são daquelas situações pelas quais todos nós já passamos, pelo menos uma vez na vida.

Neste caso, lavar a ferida com água e sabão pode não ser o suficiente. A aplicação de um desinfectante (ou anti-séptico) é fundamental para diminuir o risco de infecção.

Prefira produtos à base de iodopovidona, mas lembre-se que estes não devem ser usados em crianças e em pessoas com problemas na glândula tiroide.

Existem outros, como o Betadine, que exigem receita médica e que podem ser comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde. Quanto ao álcool desinfectante, a sua utilização é pouco recomendável devido ao seu efeito agressivo. Se está habituada a usá-lo, opte pelo álcool a 70 graus.

Para feridas húmidas, o mais adequado é aplicar uma pomada desinfectante – evita-se, desta maneira, que o penso se cole à ferida. Cetavlex creme ou Hibitane creme são alguns exemplos.

Os tradicionais mercurocromo e éter não são aconselháveis: o primeiro é tóxico e pouco eficaz, e o segundo não tem qualquer efeito desinfectante.

Contra picadas de insetos e prurido

Pedras de gelo envolvidas num saco de plástico limpo ou uma compressa fria são as solução mais indicadas para este tipo de situações.

Mas, se assim o preferir, pode sempre aplicar uma pomada ou gel à base de um anestesiante local ou de um anti-histamínico.

Evite usar este tipo de produtos por períodos muito prolongados, bem como ponha de parte aqueles que contêm vários princípios activos: quanto mais substâncias activas possuírem, maior é o risco de uma reação alérgica.

Acessórios

Além dos medicamentos, numa boa farmácia caseira também se deve encontrar outros acessórios como:

  • termómetro: apesar de mais caros, os electrónicos são mais seguros e de mais fácil leitura;
  • compressas esterilizadas: opte pelas embalagens individuais pois, uma vez abertas, as compressas deixam de ser estéreis;
  • bandas autocolantes: para segurar ligaduras e/ou pensos;
  • ligaduras elásticas: fundamentais para ligar um membro ou articulações;
  • pensos adesivos
  • gase impregnada para queimaduras;
  • um pano limpo;
  • uma tesoura de pontas redondas;
  • uma pinça para extrair espinhos, lascas, etc;
  • algodão;

um guia de primeiros socorros e os números de telefone necessários (médico de família, bombeiros, hospital mais próximo, etc.)

Esta é uma lista dos medicamentos que se consideram fundamentais. Mas outros ainda podem ser úteis em determinadas soluções.

Vejamos alguns exemplos:

Problemas de estômago ou refluxos gástrico

Em solução ou em comprimido, os antiácidos são ideais para quem sofre de problemas de estômago ou refluxos gástricos, como acidez ou sensação de estômago a arder.

Prefira os produtos à base de alumínio e magnésio: são mais eficazes, são pouco absorvidos pelo intestino e provocam menos efeitos secundários.

Quem sofre de problemas de rins e/ou coração deve evitar os antiácidos que contenham bicarbonato de sódio. Mais um conselho: caso os sintomas perdurem, consulte de imediato o seu médico.

Xarope contra a tosse

Para a tosse seca, os mais indicados são aqueles à base de dextrometorfano . Já para a tosse acompanhada de expetoração, os médicos receitam expectorantes e mucolíticos. Mas atenção: não utilize o xarope mais de sete dias seguidos e as crianças com menos de dois anos só o devem tomar depois de consultado o médico.

Contra a diarreia

Beber líquidos em grandes quantidades nem sempre é o suficiente para combater este tipo de problema…

Nestes casos, o melhor é usar uma solução de reidratação. E, claro, ter um pouco de paciência, até que o organismo volte a funcionar normalmente.

Contra os vómitos

Os produtos à base de um anti-histamínico são eficazes no combate às náuseas e aos vómitos, tendo a vantagem de serem vendidos sem receita médica.

Em caso de viagem, tome o comprimido pelo menos meia hora antes de se pôr a caminho. Noutro tipo de situações (enxaquecas, por exemplo) são preferíveis os supositórios, devido ao seu efeito mais rápido.

Contra as dores de garganta

Poderá aliviá-las com pastilhas que contêm um anestésico local ou um spray. Lembre-se que, em algumas situações, a automedicação pode ser perigosa já que pode “esconder” uma doença mais grave. Por isso, não hesite em consultar o seu médico se a dor persistir.

Depois disto, só falta juntar medicamentos mais específicos, receitados pelo médico, para combater eventuais doenças crónicas. Agora sim, a sua farmácia caseira está pronta. Mas ainda lhe damos mais algumas dicas…

Onde guardar os medicamentos?

Guarde os medicamentos num armário alto e fechado, fora do alcance das crianças. Prefira ainda locais sem luz, calor e humidade, onde a temperatura ronde os 15-22º C.

Existem medicamentos que, pelo contrário, devem ser conservados no frio: alguns complexos de vitaminas, supositórios à base de glicerina, gotas e pomadas para os olhos, vacinas e xaropes antibióticos.

O frigorífico parece ser a melhor opção, mas lembre-se sempre que as crianças podem “andar por aí”… Desta maneira, o indicado será colocar estes medicamentos numa caixa bem fechada.

Por quanto tempo?

Medicamentos fora do prazo

Os medicamentos fora de prazo não são, em geral, perigosos, mas a sua eficácia tende a diminuir. Existem, no entanto, duas excepções:

  • os produtos estéreis, como as gotas para os olhos;
  • os antibióticos à base de tetraciclinas que, uma vez fora de prazo, se podem tornar tóxicos.

Enquanto a embalagem estiver fechada, o período de conservação dos medicamentos pode ir de três a cinco anos. Mas, o melhor, é sempre consultar a data de validade impressa na embalagem.

Uma vez abertos, o prazo durante os quais os medicamentos podem ser consumidos, varia de produto para produto. Por isso, é importante ler antes de tudo a sua posologia.

Medicamentos fora de validade

Quanto aos medicamentos antigos, que já ultrapassaram o prazo de validade, só tem é que se desfazer deles.

Hoje em dia já existe um sistema de recolha organizado, por exemplo nas farmácias. Assim, pode entregar os medicamentos na sua farmácia, no centro de saúde ou de enfermagem ou, ainda, no hospital.

Esta solução não é, como é evidente, a mais adequada pois os medicamentos são poluentes e, por vezes, mesmo tóxicos para o ambiente.

Medicamentos dentro do prazo, e que já não sejam necessários, podem ser entregues a associações humanitárias como, por exemplo, os Médicos Sem Fronteiras ou a Cruz Vermelha.

Por último, deixamos-lhe mais um pequeno conjunto de regras necessárias para que a sua segurança:
  • guarde os rótulos e folhetos informativos;
  • anote, na embalagem, a data de abertura do medicamento;
  • certifique-se de que está a tomar de forma correcta o medicamento;
  • separe os medicamentos prescritos pelo médico dos restantes;
  • faça uma revisão periódica à sua farmácia caseira.

Para terminar não se esqueça: a sua farmácia em casa pode estar super apetrechada mas, o melhor conselheiro é sempre o seu médico.

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