Twiggy – O fenómeno da moda

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Twiggy
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Twiggy, foi a primeira das anoréxicas e levou milhares a fazerem dietas rigorosas e a amaldiçoarem os seios fartos, tudo em nome da moda.

Twiggy

De verdadeiro nome Lesley Hornby, esta menina com estranhas medidas (75-55-80) e os seus 1,55m e 45 quilos, causou uma verdadeira onda de furor nas passarelles, tornando-se a primeira manequim a ser reconhecida internacionalmente.

Filha de um carpinteiro, nasceu em 1949, em Neasden, Inglaterra. Começou a trabalhar aos 15 anos, num salão de cabeleireira aos sábados, local onde viria a conhecer um dos homens mais importantes para a sua vida, Nigel John Davies, conhecido na moda como Justin de Villeneuve.

Ambos abriram, em Londres, uma loja onde vendiam calças confeccionadas por ela a partir de tecidos velhos. Um amigo viu-a e resolveu falar dela a um cabeleireiro célebre que gostou do que viu e, após lhe ter dado um corte de cabelo radical, colocou as suas fotos no salão.

Bastou que uma cliente, por acaso uma jornalista de moda do “Daily Express”, reparasse nelas e as publicasse, como sendo a cara do ano 1966.

Nasceu o look Twiggy. Todas as adolescentes imitavam o seu cabelo curto, as pestanas postiças e a sua magreza.

Capa das revistas Elle e Vogue, assinou um contrato com uma marca de vestuário britânica, o seu corpo serviu de molde aos manequins das montras e a Ford Motor Company ofereceu-lhe um dos primeiros modelos da Mustang.

O auge da modelo é o ano de 1967, ano em que realizou a viagem aos EUA, onde é recebida por jornalistas e fotógrafos em êxtase e fãs histéricas, sempre acompanhada por Villeneuve e por um guarda-costas. Tinha 17 anos e representava todo o anti-glamour que se opunha à sofisticação da alta-costura.

Nos EUA foi recebida como uma estrela, e assinou um documentário para a ABC, filmado por Bern Stern.

Abandonou a carreira aos 19 anos e só se voltou a falar dela, quando a moda voltou a usar modelos famélicos como Kate Moss, altura em que se deixou fotografar de novo.

Twiggy fez mudar mentalidades e representou uma outra identidade de mulher, que embora inovadora, não se pode dizer que seja saudável. Mas que é que se importava com a saúde nessa década de sessenta?

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