Micose, como tratar a doença dos fungos

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Micose, a doença dos fungos
Micose, a doença dos fungos

A micose é uma infecção causadas por fungos, organismos oportunistas que provocam, por exemplo, o bolor do pão ou são usados para o fabrico do queijo. Os fungos são organismos microscópicos que vivem praticamente em todos os ambientes.

As micoses em seres humanos são causadas por dois tipos de fungos: os dermatófitos e os fungos da espécie Candida. Existem fungos dermatófitos que habitam a terra (geofílicos), os animais (zoofílicos) ou o próprio homem (antropofílicos) e que penetram nas camadas superficiais da pele, fios de cabelos e unhas, alimentando-se da queratina e dos restos celulares desses locais.

Os fungos encontram-se em todo o lado, inclusive em várias partes do corpo humano. Estes organismos infectam mais facilmente as regiões humidas e quentes do corpo, sendo as mais afetadas as pessoas que trabalham em contacto constante com água, como os trabalhadores de cafés, restaurantes, lavandarias, de limpeza e as donas de casa que têm mais probabilidades de desenvolver a micose das unhas das mãos. Quando as micoses surgem apenas na superfície da pele, cabelos ou unhas são chamadas micoses superficiais.

Os fungos responsáveis pelas micoses no ser humano provêm do solo, de animais ou de outro ser humano. Escolhem as zonas de calor do corpo para depois crescer e multiplicar-se, escolhendo preferencialmente as virilhas, os órgãos genitais, os pés, unhas ou a boca.

Micose, a doença dos fungos

As micoses mais comuns aparecem nos seguintes locais e têm os subsequentes tratamentos:

  • Pés – provocando fissuras entre o 4º e o 5º dedo, podem alastrar à planta do pé ou afetar as unhas, encontrando-se nalguns casos pequenas vesículas e escamação da pele ou o espessamento desta. Lavagem efetuada com um produto adequado, após o que se deve secar bem toda a área, aplicando em seguida um antifúngico local ou oral, durante um período de duas a quatro semanas.
  • Virilhas – nota-se uma mancha avermelhada que cresce do centro para o exterior, agravada pelo uso de cremes com cortisona. Tratamento igual ao anterior.
  • Cabelo – micose mais frequente nas crianças que se revela através de uma zona circular onde se verifica queda de cabelo, descamação e eritema no couro cabeludo com prurido intenso. O pelo perde o brilho, torna-se quebradiço e cai facilmente. Pode atingir também sobrancelhas, pestanas e pálpebras. Uso de um antifúngico local durante um curto período de tempo.
  • Unhas – (onicomicose) em que as unhas afetadas perdem a cor e o bulbo, aumentam a espessura e tornam-se quebradiças, podendo aparecer sulcos, depressões e placas brancas. É a mais resistente das infecções por fungos, não mostrando tendência à cura espontânea. Por esse motivo o tratamento tem a duração de três meses com a aplicação de um antifúngico oral.
  • Mãos – (paroníquia) em que as palmas escamam e ficam grossas. Atinge com mais frequência as pessoas que lidam muito com água.
  • Candidíase – são os clássicos ‘sapinhos’ na boca das crianças, mas que podem apresentar-se também na vagina, acompanhadas de um corrimento esbranquiçado, na glande do pénis, onde se notam manchas vermelhas e na mulher podem ainda surgir debaixo dos seios pequenas lesões avermelhadas, prurido e mal-estar. No caso dos órgãos genitais, o tratamento passa por antifúngico orais.
  • Pitiríase versicolor – o aparecimento de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou rosadas, descamativas, principalmente no tronco e pescoço. Pode apresentar prurido principalmente após o banho ou exposição ao Sol. O tratamento é feito com antifúngico orais ou locais durante uma a duas semanas.

O tratamento da micose

É simples, mas exige persistência porque, às vezes, parece que o fungo está eliminado e na verdade não está. Para além do tratamento oral ou local recomendado pelo médico, são necessários alguns cuidados como evitar andar descalço em pisos humidos ou públicos:

  • não calçar sapatos durante muitos dias, dando tempo a que sequem o suor acumulado e sempre que possível usar sandálias;
  • não usar toalhas comuns ou mal lavadas e após o banho enxugue-se bem, principalmente nas áreas de dobras, como o espaço entre os dedos dos pés e virilha.

As roupas interiores devem ser de fibras naturais como o algodão, pois as fibras sintéticas prejudicam a transpiração. Quando tiver de manter um contacto prolongado com detergentes, use luvas e enxague as mãos sempre que usar uma esponja. Lave a cabeça dia sim, dia não, com água morna e um bom champô e não use pentes ou escovas de outras pessoas.

O uso constante de sapatos fechados, botas e tenis, assim como a sudorese excessiva facilitam a instalação dos fungos nas unhas dos pés. Para quem usa sapatos fechados, a utilização de meias de algodão facilita a evaporação do suor e mantém os pés mais secos.

Além disso, a aplicação de talcos pode ser útil. Outra medida importante para manter os pés e as unhas dos pés secos é colocar os calçados ao sol e procurar revezar o uso dos sapatos.

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