Um ano bissexto com 366 dias de 4 em 4 anos

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2020 - um ano bissexto
2020 - um ano bissexto

O ano 2020, apresenta-se como sendo um ano bissexto e tem 366 dias, com um dia a mais em Fevereiro.

Um ano bissexto

De quatro em quatro anos, este fenómeno acontece. Os anos divisíveis por 100, aparecem no ciclo que possibilita os anos bissextos, tendo estes 365 dias e, sendo divisíveis por quatro. Há anos que são bissextos e têm 365 dias, como o de 1900. Porém, 2000 volta também a sê-lo, mas tem 366 dias. Parece que até na ciência, não há regras sem excepção…

O nosso calendário foi instituído pelo Papa Gregório XIII, em 1852, e é o utilizado por quase todo o mundo, assinalando o conteúdo de um calendário que, se mantenha paralelo com as estações.

A medida de tempo seguida, é a do ciclo do dia solar. Mas, tempos houve, em que o ciclo lunar era igualmente importante. Esta multiplicidade dos ciclos é comum a todos, isto é, não há um ciclo certo e regular. Este ciclo afecta em larga escala a nossa vida, mas existe um terceiro, o ciclo anual das estações.

Não é possível a concepção de um calendário perfeito, pois não há nenhum que aborde na totalidade, estes três ciclos. O privilegiar de um deles, afecta drásticamente os restantes. O primeiro dos três ciclos a servir de base para um calendário, foi o lunar. Mas, este tipo de calendário não beneficia de maneira nenhuma, as pessoas que vivem a vida, em função das suas culturas agrícolas.

Desta lacuna, surgiu a necessidade de começar a complementar a lua, com o ciclo das estações. Porém, a quantidade de meses lunares não dá origem a um número inteiro e, logo os problemas deram o seu sinal. O número de dias de um ano variava bastante, chegando a haver diferenças de um ano para o outro de cerca de 32 dias. Isto era muito grave.

A civilização egípcia, produziu um calendário, tendo por base única e exclusivamente, o sol. O início, o desenrolar e o fim do ano, nada tinham a ver com o ciclo lunar. O seu número de dias, era de 365 por ano. Contudo, esta aparente perfeição, era apenas curta. Cedo se começou a perceber que, o calendário do Egipto apresentava uma falha, cerca de seis horas a menos.

Os astrónomos da antiga Alexandria, foram peremptórios e propuseram-se a solucionar esse erro. A correcção que efectuaram era simples. De quatro em quatro anos, devia acrescentar-se um dia a mais no calendário. Este dia adicional, que permitiu a correcção do calendário egipcío, aplica-se ao sinónimo daquilo a que, actualmente atribuimos o nome de bissexto.

Este calendário, posteriormente apelidado de juliano, foi acolhido pela Igreja Católica, até ao século XVI. A única mudança efectuada, foi a mudança do ano base. Antigamente, os alexandrinos instituíram como ano base, o ano de 45 A.C. e, mais tarde um monge passou a designar como ano 1, o ano do nascimento de Cristo. Portugal, aderiu a esta nova modificação, no reinado do Rei D. João I, em 1422.

O calendário seria novamente reformulado, após insistência do Papa Gregório XIII. Verificava-se que, a Primavera fixada para o dia 21 de Março, se estava aproximar do dia 11, do mesmo mês. Tinha que se fazer corresponder a data estipulada com a estação.

Tentando evitar problemas futuros, anularam-se alguns anos bissextos. Os anos múltiplos de 100, com a excepção dos divisíveis por 400, passarão a não ser anos bissextos.

Está assegurada a regularidade do calendário, pelo menos até ao ano 4909. Não se preocupe, pois ainda falta muito para essa data e, até lá, é bem provável que já cá não se encontre.

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