Último livro da trilogia Berlin Noir, Um Requiem Alemão é passado numa Alemanha agora destruída pela guerra. Voltamos a encontrar o detective Bernie Gunther, desta feita mais velho e casado, tentando sobreviver numa cidade destruída pela guerra e onde todos os bens essenciais são quase que recordações do passado, mas sem ter perdido o seu sentido de humor mordaz.
Persuadido por um oficial russo que quer limpar o nome de Emil Becker, um ‘mercador negro’ e antigo colega de Gunther, inocentando-o da morte de um oficial americano, do corpo de contra-inteligência, assassínio que ocorreu em Vienna.
Gunther irá seguir um trilho de morte até essa cidade austríaca para encontrar mais uma vez um cenário de morte e destruição, onde as mortes parecem suceder-se mais rapidamente do que durante a guerra.
É aqui que encontra o ex-chefe da Gestapo Heinrich Muller num cenário de mulheres de aluguer, homens que tentam vender um pouco de tudo para sobreviver e forças de ocupação, tanto soviéticas como americanas, que passam o seu tempo alternando entre a caça a nazis e recrutá-los para as suas próprias forças.
O último e mais negro romance da trilogia ‘Berlin Noir’ iniciado com ‘Violetas de Março’ e seguido de ‘O Criminoso Pálido’, é um quadro poderoso dos tempos terríveis do pós-guerra através dos olhos de um herói que conhece tanto a coragem e a fragilidade humana. Termina aqui uma das obras mais brilhantes da literatura policial contemporânea.
Philip Kerr nasceu em Edimburgo em 1956 e actualmente reside em Londres. Tendo estudado Direito e Jurisprudência, deixa essa carreira para se dedicar à publicidade, e mais tarde opta pelo jornalismo como freelancer. Os seus livros já foram traduzidos em mais de 25 línguas e tem os direitos dos mesmos vendidos à televisão e cinema.
Considerado como um dos melhores escritores ingleses, foi em 1993 escolhido como um dos mais destacados jovens romancistas ingleses.