Mas que amável! de Richard Stengel

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Mas que amável! de Richard Stengel
Mas que amável! de Richard Stengel

Richard Stengel é o autor deste livro agora editado pela Bizâncio entre nós, Mas Que Amável! revela-nos o quanto é essencial e habitual a lisonja entre os humanos nas suas relações interpessoais, a lisonja como um comportamento adaptável foi e continua a ser indispensável à nossa sobrevivência e bem estar.

Mas que amável!

Muito bem, quem foi o primeiro lisonjeador? Se pensou que foi Satã, está próximo, mas de acordo com Mas Que Amável! a lisonja começou com os chimpanzés, que cuidam uns dos outros durante todo o dia. De facto, a lisonja é um comportamento adaptável que nos tem ajudado a sobreviver desde os tempos das cavernas.

Está nos nossos genes e, para ilustrar as suas inúmeras formas, Richard Sengel leva-nos a um passeio divertido, desde os chimpanzés ao Deus do Antigo Testamento (que ansiava por lisonjas, mas nunca as conseguiu), aos poetas trovadores da Idade Média (que inventaram os suculentos clichés da lisonja romântica), passando por Dale Carnegie (a lisonja) leva-o a toda a parte) e pelas amorosas cartas de amor de Monica Lewinsky ao seu Grande Malandro (os falsos insultos também são uma forma de lisonja).

A lisonja floresce nos ambientes hierárquicos e dirige-se para cima ou para baixo. Quando se dirige para baixo é mais bem-sucedida, portanto, seja extremamente subtil quando lisonjear o seu chefe.

Stengel considera a lisonja pública epidémica na nossa sociedade e o elogio privado demasiado raro. No entanto, hoje em dia, na maioria das vezes, a lisonja é apenas uma ilusão inofensiva, um crime sem vítimas que frequentemente acaba por fazer com que o lisonjeador e o lisonjeado se sintam melhor.

A lisonja lubrifica a máquina social do quotidiano e, em suma, funciona.

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