Festival Internacional de Teatro

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Festival Internacional de teatro
Festival Internacional de teatro

O XIII Festival Internacional de Teatro da Guarda arrancou no dia 5 de Julho e prolonga-se até ao próximo dia 18 do mesmo mês. Fique a conhecer o que não pode perder!

A cidade da Guarda é o palco que recebe mais um Festival Internacional de Teatro. Com um vasto programa na área da interpretação e representação, este é mais um momento cultural de particular importância. Por isso, e se ainda não foi até lá, fique aqui com o programa do festival até à data do seu culminar.

‘Delírios dell’Arte’, pelo Teatro Meridional

Dia 12 de Julho, Auditório Municipal, pelas 21:30

Este espectáculo passa-se numa Feira, nos arredores de uma grande cidade. Entre a roulote das farturas e a barraca de loiça de barro e fogareiros, dois actores preparam o terceiro espectáculo do dia, uma peça de comédia dell’Arte representada há, muitas gerações, em muitas feiras do mundo inteiro. Columbina e Zanni são os criados do Doutor, um homem que discorre com enorme facilidade sobre o assunto mais intrincado. Namoram há dez anos e, para ela, parece ter chegado o momento de casarem. Entretanto, Isabela e Flávio apaixonam-se perdidamente à primeira troca de olhares e suspiros. Mas Isabela é filha do Doutor e Flávio é de uma família rival. Quando todos os personagens parecem ter encontrado a felicidade para logo a seguir a perderem, eis que tudo se encaminha para um final próprio da commedia dell’Arte.

‘A Dama Pé-de-Cabra’, por Marionetas de Lisboa

Dia 13 de Julho, Auditório Municipal, pelas 21:30

Actores, marionetas de mesa, sombras e outras formas animadas, condimentadas com alguns artifícios e efeitos especiais, envolvem o público num ambiente intimista, nesta leitura visual de ‘A Dama Pé-de-Cabra’, inspirada na obra homónima de Alexandre Herculano. Esta Dama decide ir viver com D. Diogo, cavaleiro, que não poderá fazer o sinal da cruz se quer viver a felicidade com a sua Dama. Um osso não repartido entre o alão do senhor e a podenga da Dama obriga a cadela a trespassar com os seus dentes o alão. Perplexo, D. Diogo, não crendo no que via, exalta os valores da cruz, esquecendo a promessa à sua Dama. Esta sentindo-se a queimar, regressa aos seus poderes, sobe e arrasta a sua filha. Neste divórcio, D. Diogo mantém o seu filho e, percebendo o seu erro, veste-se de tristeza. D. Diogo, depois de muitos anos de cativeiro, será libertado pela Dama.

‘Itizzz…Some Sing’, por Bernard Massuir (Bélgica)

Dia 15 de Julho, Auditório Municipal, pelas 21:30

Um homem e o seu instrumento chamado voz. Adepto do nada nas mãos (ou quase), Bernard Massuir apresenta um delirante vocal a solo. Um espectáculo onde o cantor-actor se debate entre o humor musical e o delicioso minimalismo. A capella ou já depois da magnífica aparição de Monsieur Ukelele, este músico transporta-nos pela cena rumo à libertação musical.

‘O Juiz da Beira’, pelo Grupo de Teatro Ódeon

Dia 16 de Julho, Pátio da Igreja da Misericórdia, pelas 21:30

O Juiz da Beira profere tão acertadas sentenças em terras de Viseu, que é chamado à Corte para julgar e sentenciar perante El-Rei. Este Juiz Beirão, que Gil Vicente leva agora à cena é Pêro Marques, o marido cuco da bela Inês Pereira. Conhecido nas terras de Viseu pela justeza das suas sentenças, Pêro Marques é desafiado pelo regedor Diogo Lopes de Carvalho para mostrar em terras de Lisboa a sagacidade dum juiz popular. Humilde e honesto como qualquer beirão que se respeita, Pêro Marques sentencia de maneira simples, rápida e aparentemente eficaz, pois nenhum dos requerentes ameaça recorrer a outro tribunal.

‘Transviriato’, por Trigo Limpo- Teatro Acert

Dia 17 e 18 de Julho, Traseiras da Sé Catedral, pelas 21:30

Segundo o autor de ‘Transviriato’, Jaime Rocha, a peça é ‘uma reinvenção da história passada do tempo de Viriato, guerreiro lusitano que resistiu aos Romanos entre os anos de 147 e 139 a. c., ano em que foi assassinado por Audax, Ditalco e Minuro a mando de Quinto Servílio Cepião. A personagem do Bobo, que acompanha toda a peça, faz comentários, interfere no diálogo, e ri ou entristece-se conforme a tensão das cenas. Com esta postura, dá a entender que pode ser ele também um dos diferentes Viriatos da peça (…).

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