Paz, uma utopia?

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Paz, uma utopia?
Paz, uma utopia?

Paz, uma utopia?

Se o mundo tentasse a Paz por um dia, talvez a Paz permanecesse

Era uma vez um grupo de crianças que tinha o Sonho de que, pelo menos um dia, houvesse Paz na Terra.

“Imaginem, disse Johnny, “se o mundo tentasse a Paz por um dia, talvez a Paz permanecesse.”

“Mas há tantas brigas no mundo”, Maria disse a ele, “em nossas casas, em nossas vizinhanças e entre países.”

“Sim, disse Amir,”as pessoas não se respeitam umas às outras na Terra. Mas talvez se o mundo tentasse se dar bem por um dia, tudo isto poderia mudar.”

“Tu acreditas que isso é possível?”, perguntou Wei-Ling. “Tu achas que o mundo poderia parar de lutar, mesmo por um dia?”

Escrita por Steve Diamond e Robert Alan Silverstein, esta é uma história para o dia que hoje se celebra – o Dia Mundial da Paz.

Além desta, muitas outras iniciativas estão marcadas.

Este é aliás um dia em que, de todo o mundo, mensagens de esperança são emitidas. Governantes, líderes religiosos e figuras públicas aproveitam esta data para lançar um apelo: que a Paz volte a reinar.

A mensagem do Papa é talvez a que maior destaque conhece.

Do alto da sua residência na Praça de S. Pedro no Vaticano, o líder católico aponta os conflitos para os quais ainda não foi encontrada solução, propondo também uma participação mais activa por parte dos políticos.

Foi, aliás, um Papa quem primeiro salientou a importância deste dia. Em 1968, o Papa Paulo VI decide proclamar o primeiro dia do ano como o Dia Mundial da Paz.

A partir deste ano, ficou estabelecido que todos os papas iriam escrever, para este dia, uma mensagem especial cujo conteúdo seria dirigido, não só aos católicos, como ao mundo em geral.

Seguindo esta ideia, a ONU decidiu também aderir a esta iniciativa.

Cada ano que passa, a Paz surge, assim, como um alvo a atingir por todos nós. Mas também, cada ano, esse desejo acaba por “cair em saco roto”.

Vejamos só alguns acontecimentos de 1999: a guerra no Kosovo, o conflito na Tchetchénia, os massacres em Timor Loro Sae, o acender da guerra civil em Angola e na Costa do Marfim, etc.

Infelizmente, estes são apenas uns poucos de exemplos.

Porquê tanta violência?

Muitas teorias já foram apresentadas. Há quem fale da situação política e económica, das desigualdades, de castigo divino.

O que é certo é que a guerra e o conflito são tão antigos quanto o Homem, o que leva muitos filósofos a identificarem-nos com a própria natureza humana.

Independentemente de qual seja a verdadeira razão (será que ela existe?), nunca é demais lembrar o que vai mal no mundo.

Povos que vivem em extrema pobreza, países onde a liberdade religiosa é suprimida, crianças que sofrem de fome ou são exploradas sexualmente, são imagens que nos assaltam diariamente.

Mas é preciso fazer algo. É preciso que os governantes acordem para a realidade, que se empenhem verdadeiramente na luta pelos direitos humanos.

E cada um de nós?

Também nós somos responsáveis. Nada de ficarmos à espera para ver o que acontece. De nada adianta fechar os olhos a algo que se passa ao nosso lado. E não falo, unicamente, de guerras ou conflitos. Falo de uma pessoa que dorme na rua aqui ao lado, ou de alguém cuja pensão não é suficiente para viver.

Todos nós podemos fazer alguma coisa. Basta termos os olhos bem abertos.

Desejamos-lhes um BOM ANO 2000.

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