Boys and Girls um filme de Robert Iscove. Começa bem e de forma prometedora este filme estreou no passado dia 25. Mas fica-se pelas promessas.
Boys and Girls
Um rapaz e uma rapariga de doze anos encontram-se no avião e ela começa imediatamente uma conversa algo perturbadora.
Anos mais tarde encontram-se de novo e aqui acaba todo o interesse do filme, interrompido apenas por um fantástico feed-back acerca de duas relações que terminam.
São estes os dois momentos altos do filme, que se podia resumir em algumas palavras: trivial, esteriotipado, previsível e muito aborrecido.
Catalogado como uma comédia romântica, a única comédia que supostamente apresenta é feita de piadas estafadas.
Trata-se certamente de um dos filmes com mais diálogo por segundo, diálogo que tenta ser inteligente mas apenas serve para o espectador se chatear de morte durante os 93 minutos de duração.
Os actores parecem estar a fazer um esforço para estarem ali, com Freddie Prinze Jr. um pouco velho de mais para fazer de adolescente e Claire Forlani a parecer uma mãe de família estafada que não sabe muito bem o que ali está a fazer. Por outro lado, Forlani tem um estilo muito próprio e demasiado chique para encarnar uma personagem como Jennifer.
Os cenários não passam de postais ilustrados da cidade, sem muita imaginação em apresentar algo diferente aos espectadores, como se apenas assim se conseguissem situar no enredo.
Mas o pior de tudo é a previsibilidade do argumento. Ao fim de dez minutos do filme, já sabemos o que vai acontecer a seguir e como o filme vai acabar, o que sem dúvida retira todo o interesse dos 83 minutos restantes.
Realizado por Robert Iscove, este filme apenas prima por uma coisa: mostrar o total desprendimento com que muitos alunos, tanto na América como cá, encaram os seus estudos.
Recomendado apenas a quem está apaixonado à pouco tempo, se não tem ainda ideias sobre o que fazer com o parceiro, mas quer prestar mais atenção a algumas coisas que se podem fazer no escuro de um cinema.
Infelizmente, não serve para mais nada.