Análise simples ao sangue pode detectar fetos com trissomia 21

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Criança com Sindrome de down ou Trissomia 21
Criança com Sindrome de down ou Trissomia 21

As mulheres grávidas podem prever a probabilidade de os seus bebés terem Síndrome de Down através de uma simples análise ao sangue, uma alternativa que dispensa os testes invasivos e arriscados que existem actualmente.

Esta é a previsão de investigadores do Chipre que ensaiaram, com sucesso, em 40 mulheres este novo método. Segundo um estudo publicado na Nature Medicine, através do sangue da mãe, podem detectar-se as diferenças entre o seu DNA e o do feto.

Philippos Patsalis, líder deste estudo, afirmou que o exame previu com precisão quais os fetos que tinham risco de apresentar a síndrome. Os resultados foram “muito instigantes”, sendo que os especialistas querem realizar estes testes num estudo mais abrangente, com mil mulheres grávidas.

Caso os resultados sejam semelhantes, o investigador acredita na aplicabilidade desta alternativa. “Acreditamos que podemos modificar este exame, tornando-o muito mais fácil e simples. Então teremos algo para ser introduzido na prática clínica”, referiu Patsalis.

A Síndrome de Down ou Trissomia 21 é um distúrbio genético que ocorre quando uma criança tem três cópias do cromossoma 21, em vez das duas normais. Afecta um em cada 700 bebés nascidos em todo o mundo e o risco aumenta consoante a idade com que as mulheres engravidam. Uma mulher que engravide com 40 anos tem 16 vezes mais probabilidades de gerar um bebé com este distúrbio do que quando é mãe aos 25 anos.

A amniocentese é o teste realizado actualmente para verificar a probabilidade de um bebé nascer com síndrome de Down. O exame, normalmente realizado às 15 ou 16 semanas de gravidez, comporta graves riscos visto que existe a recolha de líquido amniótico da mãe através da inserção de uma agulha no útero.Esta nova técnica minora risco de aborto espontâneo.

De acordo com Patsalis, esta técnica invasiva pode induzir ao aborto espontâneo, pelo que são necessárias alternativas. O método que propôs agora “vai evitar este risco em gestações normais provocado pelos procedimentos actuais”, referiu no artigo.

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