Pelos caminhos da Hipnose, conheça melhor esta terapia

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Pelos caminhos da hipnose
Pelos caminhos da hipnose

Semelhante ao sono, a hipnose pode ser considerada um estado de semi-consciência, sendo este induzido de uma forma gradual.Todavia, a Hipnose não é um método credível para todos.

O que é a hipnose?

Um estado de profundo relaxamento, semelhante ao sono, é como se pode descrever os momentos nos quais a pessoa está hipnotizada. A hipnose é induzida por uma pessoa, hipnotizador, que recorre a técnicas de repetição de sons ou de gestos para relaxar ao máximo o indivíduo.

Porém, não se julgue que todas as pessoas podem ser hipnotizadas. Pessoas com uma enorme carga de excitação, constituem uma grande dificuldade ao hipnotizador e, em muitos casos, não é possível realizar a hipnose. No entanto, julga-se que cerca de 90% das pessoas são hipnotizáveis.

Considerada como uma técnica credível por uns, há outros que a julgam ser apenas um seguimento daquilo que o hipnotizador espera, quase como se o hipnotizador induzisse a pessoa a comportar-se daquela forma e a afirmar determinados factos.

A verdade é que são ainda muitos os especialistas que recorrem à técnica da hipnose, cientes de que a mesma pode resolver inúmeros traumas e problemas.

Induzida de forma gradual, obrigando a que haja uma grande experiência por parte do hipnotizador, a hipnose recorre à fadiga sensorial para produzir efeitos.

Papel do hipnotizador

O hipnotizador, a pessoa que gere o estado de hipnose, terá que ter em conta determinados cuidados para hipnotizar alguém: o ambiente em que se encontram, a voz calma do hipnotizador, quase em jeito de sussurro, a monotonia desses momentos, o ritmo compassado da voz.

Em alguns casos, recorre-se também a tácticas referentes ao meio ambiente, como as luzes, pêndulos, ou focos de concentração que o hipnotizador dá a conhecer ao paciente.

A percepção sensorial, com a hipnose, é alterada em diversos momentos, bem como a própria memória. Mas, é a consciência o caminho pelo qual o indivíduo avança para um estado de ‘pseudo’ sono. Todavia, e ainda que se saiba que a hipnose altera as funções cerebrais da pessoa, a verdade é que não se sabe concretamente de que forma é que as mesmas são modificadas.

Não há dúvida alguma que a hipnose permite conhecer muito sobre a pessoa. A hipnose terapêutica, ao aceder ao subconsciente, permite recordar factos dolorosos do passado, recriá-los, tentando construir o lado emocional da pessoa da melhor forma.

Afirmam muitos dos defensores desta prática que a hipnose permite tratar todos os problemas emocionais das pessoas: em casos de baixa auto estima, disfunções sexuais, tabaco, álcool, problemas alimentares, fobias, melhorar o rendimento da pessoa, entre outros. Na realidade, são muitos os indivíduos neste género de situações que recorrem à hipnose para tentarem acabar de vez com os seus problemas.

Sigmund Freud, o pai da psicanálise, contribuiu bastante para que a hipnose fosse encarada com algum receio, após as críticas feitas pelo mesmo. Mas, após a segunda guerra mundial, a hipnose começou a ser encarada como um meio comum para a resolução de diversos problemas.

Os especialistas da psiquiatria utilizam-na para ajudar os seus pacientes, mas também as pessoas relacionadas ao mundo do oculto a privilegiam bastante. Visto que a hipnose permite chegar a vidas passadas, são muitas as pessoas que julgam encontrar neste reencontro a solução para os seus problemas actuais.

O problema da hipnose está ligado à sugestão. Recorrer a esta prática para ajudar pessoas a deixar de beber álcool, por exemplo, pode ser vantajoso, mas nem sempre quando se utiliza a hipnose para se recordar coisas da infância o resultado é produtivo. A pessoa pode estar a ser induzida a lembrar-se de algo que nunca sucedeu.

Daí o problema da sugestão na hipnose, criando-se uma mera ilusão! E, mesmo que tenha acontecido, a pessoa pode ficar ainda pior ao recordar essas lembranças, não conseguindo livrar-se delas de vez. Assim, vão-se buscar coisas à memória, que podiam continuar perfeitamente no nosso subconsciente, sem que delas nos lembrássemos.

Logo, a hipnose deve ser tratada de uma forma muito cuidada, pois esta técnica entra num campo bastante sensível e pode deixar graves marcas se não for realizado de uma forma correcta. A sua utilização deve ser feita de maneira bastante reservada, por forma a que o paciente não venha a ficar ainda pior com determinadas recordações. Ainda assim, ser hipnotizado pode ser uma experiência bastante interessante, embora arraste consigo vários riscos!

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