Uma mulher de coragem – força Conceição

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Cronistas da MulherPortuguesa
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Gostei de ver a juíza sem medo. Enfrentar a todo poderosa classe dos advogados, não é para qualquer um. Vá em frente Conceição.

Conceição, uma mulher de coragem

Deve ser um espinho atravessado no orgulho machista o facto de grande parte dos juízes serem mulheres. Ainda bem. Acredito e há estudos que o comprovam, que as mulheres tem um maior sentido de justiça e são menos permeáveis às influências do que os homens.

A escolha da imagem da juíza incluída no telejornal, foi tudo menos inocente. Aos boatos velados de que estaria com problemas de saúde, aquela imagem era a ideal, deve ter sido escolhida com minúcia.

Porque será que prefiro os pivots da TVI, embora a qualidade das notícias e do jornal em geral seja muito inferior? É que na TVI são muito jovens, e não apresentam os vícios esquerdistas dos da RTP, nem os cinismos da SIC.

Se a entrevista é um confronto e um permanente denegrir das ideias do entrevistado, colocando-o em cheque o mais possível e desacreditando-o para que o tom agressivo e a “esperteza” do entrevistador possam ser realçadas, então, a mensagem acaba por ficar diluída. Há naturalmente perguntas que devem ser feitas, mas o jornalista será tanto mais profissional e competente quanto mais respeitar o entrevistado.

Ainda me lembro da revolta que senti quando a Judite entrevistou o Guterres, há um ano atrás, em que nem consegui seguir o diálogo, tal o estado em que me colocava o tom de voz da jornalista.

O mesmo acontece frequentes vezes com a Maria Elisa, a Fátima e a Márcia. Não será por acaso que têm também em comum a faixa etária?

Mas voltemos à questão da juíza. Todos foram rápidos em abandoná-la, para variar. Espero que ela consiga encontrar toda a sua energia de mulher para resistir a este mundo de homens cada vez mais frouxos, e por isso, mais sacanas. Em todas as áreas. As mulheres estão a ocupar em grande número profissões na medicina, na magistratura, na advocacia. Mas quem “mexe os cordelinhos” são ainda os homens.

Que força não necessitam estas mulheres para fazerem valer os seus pontos de vista, principalmente se forem contrários aos dos homens. Será, que os seus “homens” (maridos e filhos) as apoiam?

Nós Mulheres, vêmo-las, a estas mulheres de coragem, como modelos e queremos transmitir-lhes toda a força e dizer-lhes: lutem, não desistam, mas defendam a vossa saúde tornando-se imunes às críticas.

Dra. Manuela DaSilva

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