Crónica: As ETA’s da Península Ibérica parecem um filme de terror

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Cronistas da MulherPortuguesa
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O filme dos Horrores das ETA’S prossegue, alheio à vontade dos silenciosos espectadores da Peninsula Ibérica! Até quando?

Parece um filme de terror. Chocante. Interminável. Os ideais que prevalecem sobre as autoridades. A rebeldia excessiva arrasa o pacifismo e fomenta as rivalidades. Nada louvável, nada aceitável.

As ETA’s da Península Ibérica

Parece um filme de terror. Atentados, pânico e lágrimas. A cada segundo o inesperado pode acontecer, e as “ETA’S” podem voltar a atacar. Como num filme, mas neste caso, o filme tem muito mais que 2 horas de duração. E o seu visionamento era em Espanha e agora em Portugal.

O Governo não sabe o que fazer, cá e lá. José Maria Aznar ou o Ministro Fernando Gomes apresentam-se como as únicas soluções, ainda que falhadas, para romper de vez com as cenas a que ultimamente a Espanha e Portugal, têm vindo, tristemente, a assistir. Trata-se de uma ambição desmedida, sem limites estipulados para uma possível interpretação, onde a organização separatista basca e grupos de jovens realçam as suas exigências da forma mais cruel e inconsciente possível.

A violência é a base dos seus movimentos, o pulsar da sua causa, a única forma que conhecem para exprimir esse descontentamento repleto de independentismo e de marginalidade. Dois mundos diferentes e duas realidades que se querem ver terminadas. Já!

A ETA Espanhola. Quem são? De onde vêm? Quantos são? Não se sabe. O seu número é indeterminado e a sua origem é de todo o lado. A única coisa certa e sólida no tempo é que, desde 1968 já fizeram mais de 775 vítimas.

A partir dessa data a organização adoptou a via da força, e proclamou a mãe do destino fatal e inesperado de muitos seres humanos. 14 meses após um período de calma, disfarçada pelo odor do futuro que se avizinhava cinzento, a ETA voltou a atacar na aura desconcertante das horas, no silêncio do anunciado final da existência.

Dia 12 de Julho, um carro armadilhado. Dia 15, Malaga, o vereador José Carpena, 50 anos, foi alvejado ao sair da sua casa com a mulher e a filha. Dia 16, atentado junto ao Quartel da Guarda Civil de Agreda, no qual um carro explodiu. Manhã de dia 19, Malaga, uma bomba é colocada numa viatura e, só não explodiu devido a uma falha do mecanismo.

No mesmo dia, em Vitoria, uma bomba explodiu junto a um Centro Comercial provocando danos materiais. A sucessão de actos e de movimentos sinistros é assinada por um nome, cuja Espanha e o resto do mundo jamais esquecerão a sua sigla sanguinária: ETA.

A “ETA Portuguesa” jovens de bairros degradados, e muitos deles clandestinos, de raça negra ou branca, que através de ameaças corporais e de armas brancas ou de fogo, roubam, assaltam, ferem, violam, sem o consentimento de terceiros.

Pessoas assaltadas e molestadas em Comboios na linha de Cascais e, dias mais tarde, novos grupos, ou quem sabe os mesmos, partem para uma nova e triste moda: as Bombas de Gasolina.

Foi a estes tristes incidentes que assistimos esta semana. O turbilhão de assaltos é cada vez maior, o pânico concentra-se em todos os locais, e os abismos entre brancos e negros é cada vez mais alarmante.

Por detrás destas “ETA’S” existem rostos e nomes que ninguém identifica. Homens e Jovens que assassinam o sonho da paz e harmonia, com acções revoltantes e repugnantes. Não é possível que a ETA espanhola sobreviva há décadas, sempre fiel aos seus princípios, sem que tenha mãos misteriosas e cravadas de dinheiro e poder nas suas artérias.

É igualmente lamentável a pseudo” ETA Portuguesa” Jovens menores de idade que fomentam o pânico, assaltam gasolineiras e roubam carros, molestam figuras públicas, sob o olhar distraído dos agentes policiais, exactamente do outro lado da estrada. Bizarro! Mas, mais lamentável ainda, é que as medidas só sejam tomadas quando uma figura pública é a vítima. E os cidadãos menos conhecidos não contam?

Surpreendem-me tamanhas atrocidades, extensas demonstrações de violência e cálidos distúrbios a que Portugal e Espanha têm vindo a assistir. Aliás, surpreendem-me muitas outras situações, mas isso são outros assuntos e cenas de outros filmes.

Até lá, as “ETA’S” atacam, assaltam, realizam atentados, e ninguém dá a volta à situação. Cobardia ou irresponsabilidade governamental? O filme dos Horrores das “ETA’S” prossegue, alheio à vontade dos silenciosos espectadores! Até quando?

Cronista da Mulher Portuguesa: Ana Amante

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