Sobrevoar o arquipélago de Fernando de Noronha, ver a ilha recortada numa imensidão de azul/verde esmeralda, cristalino, e saber que não é nenhum catálogo publicitário, que é real. Sentir a emoção de chegar a algo verdadeiramente belo e inexplorado.

Fernando de Noronha

São 340 km de costa, praias e praias maravilhosas, com águas mornas (28º) e transparentes, sem vivalma. Saborear o prazer de ter uma praia só para si, sentir uma paz e uma liberdade que nos leva à euforia do riso das crianças, o riso pelo puro prazer do sentir. Usufruir de um sol fantástico, são as palmeiras que nos protegem do sol, chapéus de sol naturais… não há quaisquer apoios turísticos nas praias.

Em Fernando de Noronha é a natureza no seu máximo esplendor.

A praia do Boldró com um pôr-do-sol de sonho e o bar do Mirante, no morro, com um mar a perder de vista; a Baía dos Porcos com uma paisagem deslumbrante, junto ao morro dos Dois Irmãos (ou na gíria local, morro da Fáfa de Belém);

a Baía dos Golfinhos, ponto obrigatório de observação dos golfinhos no seu habitat natural, golfinhos a fazer piruetas à volta do barco. “745” golfinhos, como nos “informou” o capitão do barco, visto não ter conhecimento que tivesse nascido mais algum…;

a praia da Conceição, uma das mais belas praias da ilha, é a mais visitadas pelos turistas (se bem que tem uma placa que proíbe a presença de mais de 30 pessoas…);

a praia do Leão, local de desova das tartarugas marinhas, com piscinas naturais e repuxos de água, que ao bater nas rochas fazem sucessivos arco-íris, mágicos…;

a praia do Americano que tem acesso através de outras praias passando pelas rochas; a praia da Atalaia onde pode e deve fazer snorking porque as águas são muito baixas, mas com uma fauna marinha muito variada e colorida; e mais praias e praias, de areias brancas e macias.

O turismo ecológico é a vocação natural da ilha, daí que as infra-estruturas sejam mínimas, tem que se ir com um espírito de aventura. Não existe qualquer tipo de luxo ou sofisticação… como tomar banho de água quente, não existe água quente no hotel… também não é necessário, a água está sempre morna

Existem várias opções de estadia, várias pousadas. A comida não é muito rica, porque todo o fornecimento está dependente do “continente” Brasil, não têm a riqueza da comida brasileira, nem o colorido das suas frutas

Vila dos Remédios, o maior aglomerado habitacional de Noronha chama-se Vila dos Remédios, com uma igrejinha muito bonita, igreja de Nossa Senhora dos Remédios, de construção muito portuguesa ( a descoberta da ilha data de 1502-1503).

No centro da vila, em frente ao edifício da prefeitura, existem dois canhões com as armas de Portugal. A vila é muito pequena , tem muitos bares onde à noite toda a gente se junta para uns copos e tem sempre forró, onde se pode dançar, beber umas “vitaminas A;B;C – A-Antártica (cerveja), B-Brahama (cerveja) e C-Caipirinha) e comer bolinhos de Tubalhau (tubarão seco, com um sabor muito semelhante ao bacalhau).

Para se deslocar na ilha pode ir a pé para as praias mais perto, fazer caminhadas ou alugar um buggy com ou sem motorista, pode ainda apanhar boleia da “limosine ecológica”, um jipe grande todo aberto, pertença da escola de mergulho. À noite há sempre pequenos camiões que passam e levam os turistas, na caixa da carga, até aos forró. Há sempre bares com música ao vivo e com toda a alegria contagiante dos nativos da ilha

Pode fazer passeios de barco à volta da ilha e onde quer que esteja vai sempre ver a Pedra do Pico, uma pedra enorme, visível de qualquer parte da ilha.

Esta foi, até à data a viagem da minha vida, a ilha de Fernando de Noronha é mágica, é a perfeita magia entre o homem e a natureza, praias, mar, vegetação, sol, calor, beleza tropical no seu estado puro… o que é que se pode querer mais?? É um paraíso na terra.

Expressões locais:

  • Turistonha – é quando os turistas ficam tristes porque tem que ir embora.
  • Neuronha – é quando os nativos ficam tristes de tanto estar na ilha.
  • Euforonha – é quando chega turista mulher e sabe que a ilha tem 10 homens para cada mulher.

Maria Helena Mendonça (Stª Iria)

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