Rui Zink apresenta o seu novo livro – O suplente

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O suplente de Rui Zink
O suplente de Rui Zink

Rui Zink, escritor e professor, apresentou no auditório da Fnac, o seu mais recente livro, “O Suplente”. Foi no passado dia 13 de Abril que convidados pessoais, imprensa, alunos, entre outras pessoas presentes na Fnac, puderam assistir ao lançamento deste romance de Zink.

O suplente

Na mesa de apresentação do romance estavam Francisco Pedro Castro que fez os respectivos agradecimentos, tanto à editora Europa-América, como à Fnac; Pedro Sena-Lino, que foi o apresentador/comentador de “O Suplente” e Rui Zink, o autor que, para além do livro, conversou de imensas coisas, como aliás o público já está habituado…

Pedro Sena-Lino falou muito para além do livro, falou sobretudo da linguagem e dos códigos que utiliza como “suplentes”. Com a frase “Se não souber usar a linguagem, nada sou” de S. Paulo, começou por introduzir as mestrias da chamada “nova literatura”, onde a linguagem não tem um carácter meramente decorativo, mas um uso estético-ético da linguagem como objecto de trabalho e criação, de uma aplicação técnica muito forte. Trata-se portanto de escrever no limite, brincando enquanto se cria na linguagem. É isto que Pedro Sena-Lino admira em Rui Zink.

“O Suplente”, engloba assim, segundo este “comentador” uma série de pensamentos metafóricos sobre esse fenomeno que é o futebol, os seus adeptos e as fundamentais manifestações guturais. Sena-Lino finaliza a apresentação deixando no ar, a questão de quem será suplente: “…a linguagem servirá ao homem ou o Homem tornou-se suplente da linguagem?”

Rui Zink. Íman de ódios e amores lança mais um livro que, segundo o autor, foi o resultado de “…um trabalho físico muito complicado… que até se pode falar em exorcismo, (pois) lida-se (neste livro) com uma série de fantasmas do quotidiano.” Um livro sobre a realidade, o quotidiano, violências sociais, sobre, não só mas também, acerca do futebol.

“O Suplente” começa no Estádio da Luz e termina no Colombo. Não, não foi por essa razão que o lançamento se deu neste local, até porque poucos minutos antes, é que Rui Zink se apercebeu dessa coincidência… Mas teve piada, disse Rui Zink.

Começou por agradecer à Fnac, à editora, por ter sido paciente em relação “…aos amuos e caprichos…” de Zink, ao público presente, ao Presidente da República…

E depois das gargalhadas confusas do público, Rui Zink explicou: “é que sem ele não havia país, sem país, não havia livro…” Por fim, o autor pediu encarecidamente, que os leitores de “O Suplente” e principalmente os amigos lhe dissessem “Estava giro!”, em forma de crítica, em caso de não gostarem…

O mais recente livro de Rui Zink, editado pela Europa-América, representa, segundo o autor, o desejo de que “O Suplente” fosse, um dia, “primo” de “O jogador” de Dostoievsky. Só o tempo o dirá.

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