Voz do Fado 1830-1930 na Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa

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Voz do Fado 1830-1930 em Lisboa Guitarra portuguesa - coimbra
Voz do Fado 1830-1930 em Lisboa Guitarra portuguesa - coimbra

A Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa apresenta, Voz do Fado 1830-1930, a exposição que nos leva a regressar no tempo quase dois séculos. O universo do Fado em pleno embrião do seu nascimento: Lisboa.

Voz do Fado 1830-1930

A exposição apresentada, e que somente culmina a 9 de Maio, leva o visitante a realizar uma viagem cultural e lúdica aos recantos do fado: aos seus protagonistas, tascas, bairros, instrumentos, servindo-se de um vasto repertório de imagens e fotografias que permitem a identificação imediata desses tempos.

O Fado era a alma de Lisboa. Ainda que hoje seja mantida essa tradição, através de inúmeras Casas de Fado e de outros eventos, a essência do fado foi-se perdendo ao longo dos tempos com o desinteresse das camadas mais jovens por esta forma musical.

Porém, e nestes anos próximos, o Fado começou novamente a emergir dos baús da memória e da cultura portuguesa para surtir novamente motivo de dedicação por parte dos mais jovens, embora o cenário do agora nada tenha a ver com o do século XIX ou com o da primeira metade do XX..

O Fado nem sempre foi encarado com bons olhos. A este género musical específico eram associados bêbados, pessoas de baixa condição económica, sem qualquer cultura e que eram rotulados de boémios por desenvolverem um tipo de actividade noctívaga associada ao álcool e à diversão.

Mas, e com o passar do tempo, o Fado começou a ser encarado de outra forma, principalmente quando começaram a surgir as primeiras Casas de Fado, local onde pessoas de um nível mais elevado se deslocavam para ouvirem a mística que se soltava das vozes ao som da guitarra portuguesa.

Quem cantava Fado começou a ser encarado com respeito e admiração pelo povo e pelas classes mais abastadas. O fado começou mesmo a ser a ponte de ligação entre pobres e ricos, artistas e doutores.

A filosofia do fado e da guitarra portuguesa começou a evoluir cada vez mais, até este se tornar um dos símbolos mais fortes da cultura nacional e que ainda hoje predomina nos recantos da sociedade moderna.

A guitarra original da ‘Severa’, letras de fados antigos ou símbolos característicos do mundo do Fado, como imagens de roupas características com as quais se cantava o Fado, são algumas das oportunidades que esta exposição lhe oferece para ficar a conhecer um pouco melhor este mundo, do qual Amália Rodrigues será a eterna rainha, mesmo depois do seu desaparecimento terreno.

Um presente a todos os aficcionados do Fado e da Lisboa de tempos antigos, quando as vozes e guitarras perfumavam a noite das tabernas e tascas da capital. Para ver até dia 9 de Maio!

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