Refugiados em Portugal

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Refugiados em Portugal
Refugiados em Portugal

Refugiados em Portugal

Chegam a Portugal à procura de asilo, conforto, um pouco de paz. Proliferam de Norte a Sul em busca da vida outrora perdida, e apenas querem um título – o de Refugiado.

Todos os dias são efectuados pedidos de asilo ao nosso país. Pessoas que partiram, fugiram desesperadamente e que são merecedoras da nossa solidariedade e atenção. Apresentam-se às autoridades ou ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, no máximo 8 dias após a sua chegada, e aguardam uma decisão superior que lhes dará o título de Refugiado.

Dos pedidos de Asilo espera-se sempre a condição de Refugiado que, por motivos vários, nem sempre chega a acontecer. Confrontados com a sua raça, cor política, grupo social, nacionalidade ou a não convicção da fé e crença no seu país de origem, partem em busca de melhores condições de vida e de um pouco de liberdade. Não a conhecem, ou pelo menos vislumbraram-na apenas ao longe, distante.

Até lhes ser facultada a condição de Refugiado do nosso país é-lhes dado um papel comprovativo, que permite a sua permanência em Portugal por período de tempo limitado e, normalmente, renovável. Quando a decisão final sai só restam duas opções: ou é recusado o pedido de asilo ou a pessoa passa a pertencer à nossa comunidade.

Aos Refugiados é dada a possibilidade de trabalhar, estudar, tirar cursos de formação profissional e inclusivé requerer o cartão de contribuinte. Orgãos como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa prestam serviço de apoio aos Refugiados, através de serviços de emergência, saúde e alojamento.

De facto o alojamento é um dos grandes problemas dos Refugiados. Muitas vezes as pessoas não querem alugar casa ou efectuar negócios com pessoas de outros países, por os julgarem desonestos ou iguais aos do seu país. A desconfiança persiste sempre. E, a nível profissional as condições também não são as melhores, pois em muitos casos os Refugiados são descaradamente explorados.

O problema é que as sociedades tendem a apregoar uma solidariedade e humanismo que, em muitos casos mundiais e europeus, nunca chega a existir. Refugiados da guerra, da fome, do tráfico de sexo, da submissão, dos deveres exagerados e da ausência dos direitos, partem para Portugal à procura da terra “prometida”. A barreira mais difícil de ultrapassar é receberem a condição de Refugiados, pois nem sempre as autoridades a consideram merecedora de tal situação.

Alcançada essa condição, é partir em busca das instituições e entidades que auxiliam os Refugiados e procurar a estabilidade da vida, que só agora irá começar realmente. Integrar-se na sociedade e adoptar os padrões da mesma são as bases para que não surjam atritos e distúrbios, muitas vezes verificados devido a ideais racistas e discriminatórios, sem qualquer fundamento.

No entanto, é preciso acautelar para o excesso de imigração. Ainda que tenhamos base para acolher muitas pessoas, o excesso pode ser demasiado e os pilares da sobrevivência não conseguirem corresponder da mesma forma como até então. O fundamental é desenvolvermos o sentimento de solidariedade para com os outros, que são seres humanos como nós. Se a vida cá é complicada, há sítios em que é um verdadeiro Inferno. Não nos esqueçamos disso!

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