Star Wars: A Ameaça Fantasma

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Star Wars: A Ameaça Fantasma
Star Wars: A Ameaça Fantasma

Star Wars: A Ameaça Fantasma

Star Wars: A Ameaça Fantasma

Se o público português tivesse esperado esta estreia com a mesma ansiedade que o público americano, provavelmente teria sofrido uma desilusão. Assim, como não houve uma expectativa fora do normal, este Episódio I poderá ser apreciado como aquilo que efectivamente é: um espectáculo para os olhos.

Ninguém acampou em frente às salas de cinema. Não houve filas intermináveis nas bilheteiras. Ninguém se vestiu de Darth Vader e ninguém saiu do cinema com o ar esgazeado de quem acabou de ver o melhor filme de sempre. Talvez os portugueses não caiam no fanatismo tão facilmente como o resto do mundo, ou talvez, simplesmente, as críticas vindas dos Estados Unidos sejam verdadeiras e A Ameaça Fantasma, afinal, não é bem aquilo que se esperava.

O Episódio I da nova série Star Wars é um filme histórico. Pela expectativa que causou, pelo negócio que gerou à sua volta e, sem dúvida, pela concepção visual, incomparável a qualquer outra produção cinematográfica. A quantidade e a qualidade impressionante dos efeitos especiais usados por George Lucas chega a tocar o exibicionismo. Não só os efeitos especiais como a própria cenografia são trabalhos notáveis, que sem dúvida deixam uma marca bem forte na história do cinema.

Mas a qualidade do filme acaba por aí. Liam Neesen e Ewan McGregor, dirigidos por George Lucas, são nomes que criam uma certa expectativa, já que são actores de grande calibre, com um considerável potencial de interpretação. Acontece que os papéis que lhes couberam poderiam ter sido desempenhados com a mesma eficácia por qualquer ilustre desconhecido em início de carreira, já que o argumento não lhes proporciona, em nenhum ponto da história, motivo para grandes interpretações. Na realidade, o personagem mais carismático do filme – Jar Jar Binks – nem sequer é de carne e osso.

Diálogos básicos, um enredo pouco consistente e um humor um tanto ou quanto vazio transformam aquele que podia ser um dos maiores filmes de sempre numa fantástica parafernália visual baseada no uso e abuso da mais moderna tecnologia.

Logo após a reacção do público americano a este filme, que em geral manifestou mera desilusão, George Lucas garantiu que o Episódio II, já em fase de produção, terá um enredo mais elaborado, interpretações mais marcantes e um resultado final capaz de agradar de forma mais abrangente.

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