Um alentejano veio a Lisboa pela primeira vez. Vinha a uma consulta de otorrinolaringologia e, lembrando-se do seu amigo Zé, resolveu telefonar ao amigo e encontrar-se com ele.
Depois de se encontrarem perto das Amoreiras, o amigo de Lisboa resolveu levá-lo a conhecer o Centro Comercial.
Depois de já lá estarem dentro, o amigo de Lisboa reparou que o alentejano cumprimentava todos os manequins das montras. O amigo espantado, mas com alguma vontade de se rir, disse-lhe que não valia a pena fazer isso porque aquilo eram simplesmente manequins, e não pessoas humanas.
O alentejano, um pouco envergonhado, respondeu-lhe que não o voltava fazer.
-Tá bein, Zéi! É que eu nã sabia que nã eram pessoas!- disse o alentejano
Depois de passearem bastante, o amigo de Lisboa convidou-o a passar cá uns dias e o alentejano aceitou. Um dia, iam a passar por um quartel e estava lá o sentinela em sentido, muito direito e quieto.
O alentejano com ar abrutalhado dá-lhe uma bofetada e um pontapé bem forte e diz ao amigo de Lisboa:
– Atão e quem é que é que há-de dizer que um safado destes não é gente?