Um relato entre a sanidade e loucura, a liberdade e o cativeiro. VIda Interrompida é a história de uma jovem que após uma consulta de psiquiatria foi levada para um hospital psiquiátrico.
Vida Interrompida
Susana Kaysen, 18 anos, após uma sessão com um psiquiatra, que nunca vira antes, foi ‘metida’ num táxi e enviada para o hospital de McLean. Passou quase dois anos no pavilhão para jovens adolescentes desse hospital psiquiátrico, tão famoso pela sua clientela de celebridades- Sylvia Plath, Robert Lowell, James Taylor e Ray Charles- como pelos métodos progressistas de tratamento de quem podia dar-se ao luxo de pagar aquele santuário.
O relato de Susana Kaysen junta o horror e a percepção crítica aos brilhantes retratos que traça das suas companheiras e guardas. É uma evocação dramática de um universo paralelo numa paisagem caleidoscópica e mutável. Com um rigor exemplar nas palavras, de traço forte e determinante, esta é a história de uma jovem que perde, inexplicavelmente, a sua liberdade.
‘Vida Interrompida’ é um documento clarividente, inflexível, que confere uma nova dimensão às nossas definições de sanidade e insanidade, de doença mental e recuperação. Kaysen não se propõe fazer moral nem impor pontos de vista- deixa esse julgamento ao rigor das palavras, ao poder da escrita e ao silêncio entre os capítulos.
Um livro verdadeiramente intrigante, por vezes duro e cruel, que esboça frontalmente a experiência de Susan Kaysen, com apenas 18 anos. Já com alguns romances editados, Susana Kaysen surpreendeu pela positiva com este extraordinário ‘diário’ relativo a um período conturbado, onde as contradições se aglomeravam de forma desalinhada.
Este Vida Interrompida é um lançamento da Gradiva.