O Criminoso Pálido de Philip Kerr da Editorial Presença. Alemanha, a poucos meses da que seria a mais terrível e tresloucada guerra da história do mundo. Jovens são assassinadas de forma brutal e apenas um homem pode descobrir o caso. Mas as coisas nem sempre são o que parecem.
O criminoso pálido
É o segundo livro da trilogia “Berlin Noir” que começou com o volume “Violetas de Março” já publicado também pela Editorial Presença.
Este romance leva-nos a 1938, aos dias que precederam a limpeza étnica de 9 e 10 de Novembro desse ano.
Bernie Guther é de novo o personagem principal, que desta vez se vê obrigado, através de chantagem praticada pela própria força que tinha abandonado para se dedicar à profissão de detective privado, a voltar aos serviços da polícia.
Uma série de casos de jovens alemãs , virgens e muito belas, assassinadas de forma horripilante leva Guther a investigar o que parecem ser rituais satânicos, e que, alguém está muito interessado em lançar as culpas para os judeus.
Ao longo da história, Gunther vai ver-se envolvido numa das mais sórdidas conspirações da Alemanha nazi, com o fito de denegrir a imagem dos judeus e levar a população a destruir tudo o que for referente a estes.
Descobrindo aos poucos toda a teia, Gunther vai ainda aperceber-se que um simples homem não consegue destruir aquilo que um grupo de poderosos e loucos quer fazer.
Philip Kerr traça com uma perícia única o retrato da sociedade civil e dos medos vividos nessa época, dando também uma ideia de toda a corrupção e dos desequilíbrios dos homens fortes do III Reich alemão como Himmler, um dos mais destacados nazis, que tem nesta história um papel predominante.
O autor é natural de Edimburgo, vive actualmente em Londres trabalhando como jornalista freelancer e viu os seus romances traduzidos em mais de 25 línguas e os direitos de muitos deles comprados para a televisão ou para o cinema.
Em 1993 foi escolhido como um dos mais destacadas jovens romancistas ingleses.