O aloendro branco de Janet Fitch

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O aloendro branco de Janet Fitch

Uma criança perdida num mundo de adultos, uma mulher que ama mas não o mostra, um mundo perdido para sempre. a história do Aloendro Branco.

O aloendro branco

‘Vivemos no século das pessoas deslocadas’ são as palavras de Astrid, que nos conta a sua história, uma história feita de violência, sexo, horror e a falta de sentimentos num país dos nossos dias, feito por pessoas que pouco se interessam consigo mesmas e muito menos com os outros.

Astrid é uma menina de apenas doze anos que se vê sem a figura da mãe, presa por matar um amante, e que inicia a segunda etapa da sua vida em diversos lares de acolhimento, recolhendo em cada um lições de vida e de ódio, de amor e coragem, de desprezo, até conseguir alcançar alguma felicidade.

Mas por muito que tente, o fantasma da sua mãe está sempre presente, mesmo a milhares de quilómetros de distância e não a deixa esquecer o seu papel e o seu lugar num mundo de homens em que as mulheres são meros objectos e em que as crianças contam menos do que animais de estimação.

A nossa heroína acaba com uma colecção de malas, cada uma delas representando um pedaço da sua vida e a interrogação final: ‘De certeza que não queria voltar a casa?’

Um livro duro, que surpreende da primeira à última página escrito magistralmente por Janet Fitch e que nos chega pela Editorial Presença.

A não perder e para ler de um só fôlego, tomando de uma vez só como um qualquer remédio amargo.

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