Frankenstein de Mary Shelley

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Frankenstein
Frankenstein

Frankenstein de Mary Shelley da editora Minerva. Fruto de uma aposta entre escritores, este livro é uma das mais conhecidas obras de terror de todo o mundo.

Frankenstein

Adaptado ao cinema em diversas versões, a lenda de Frankenstein é um belo conto que valoriza o poder das relações entre os humanos, relações essas por vezes destituídas de interesses ou demasiado partilhadas.

A própria autora, Mary Shelley referiu que esta obra não se tratava apenas de um conto de terror, mas sim de “revelar a afabilidade da afeição familiar e da excelência da virtude universal”.

O sonho de criar um homem (hoje de novo em voga com a clonagem) e a fascinação pelos avanços tecnológicos (electricidade e estudos médicos) da época, está bem patente em toda a história. Esta reflecte também a angústia da solidão repetida pelo monstro no apelo que lança ao criador para que este lhe faça uma companheira à sua imagem.

Uma lição de moral ainda para os pais que pretendem moldar à sua imagem os filhos e que acabam, tarde demais, por se aperceber de que estes podem ter uma personalidade própria.

Ao mesmo tempo, Mary Shelley desfaz as aspirações a Deus que os homens do seu tempo, e de agora, arvoravam, resumido que pode ser este sentido da obra numa simples frase proferida por Victor Frankenstein: “Homem, como és ignorante no orgulho da tua sabedoria!”.

De facto.

Um livro, da editora Minerva, para ler a dois ou com alguém a quem apertar a mão nos momentos mais emocionantes. Se a coragem não lhe faltar, guarde-o para uma noite de trovoada à luz de velas.

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