Em busca do tempo perdido IV – Sodoma e Gomorra de Marcel Proust Marcel Proust das Publicações Europa América.
Sodoma e Gomorra
Uma das raparigas que eu conhecia sentou-se ao piano, e Andrée pediu a Albertine para valsar com ele.
Feliz, naquele pequeno casino, por pensar que ficava com aquelas moças, observei a Cottard como elas dançavam bem.
Mas ele, do ponto de vista especial do médico, e com uma má-criação que não levava em conta que eu aquelas raparigas, a quem no entanto, me vira cumprimentar, respondeu-me : Sim, mas muito imprudentes são os pais que deixam as filhas ganhar esse hábitos.
Olhe, veja, disse-me, mostrando-me Albertine e Andrée, que dançavam lentamente, apertadas uma contra a outra, “certamente estão no cúmulo do gozo.
As pessoas não sabem muito bem que é sobretudo através dos seios que as mulheres o sentem. E, veja, os delas tocam-se completamente.” Com efeito, não havia cessado o contacto entre os de Andrée e os de Albertine.”