E se eu tivesse um vestido cor-de-rosa? de Sue Welford da Editorial Presença
E se eu tivesse um vestido cor-de-rosa?
Ter o vestido cor-de-rosa é o maior sonho de Charlie, depois de conquistar o amor da sua vida, Gazza, ou precisamente para o conquistar.
O que pode até parecer um sonho simples de realizar não o é na vida atribulada de Charlie, uma vez que a sua mãe é feminista até à raiz dos cabelos, e acha que o papel das mulheres é conduzir jactos ou trabalhar na construção civil como ela própria. E claro está que não consta dos seus planos que a sua filha tenha um vestido cor-de-rosa aos folhos, com uns sapatos a condizer e uns brincos especiais para o baile da escola.
Charlie também não pode contar com a ajuda do padrasto, um Homem-novo, mais jovem que a mãe, e que considera que os homens foram feitos para ajudar em casa, cozinhar, lavar e passar a ferro e deixar que as mulheres se possam desenvolver intelectualmente ou ocupem o seu tempo em causas e manifestações contra obras que destrocem bosques ou contra a construção de estradas em locais arborizados.
Ao contrário do seu pai verdadeiro, que acha que o lugar das mulheres é na cozinha e a opinião destas deve ser igual à sua.
É no meio deste mundo dividido que Charlie sonha com uma casinha no campo, com uma cerca branca e muitas camisas do seu Gazza para passar. Mas a indiferença de Gazza perante as suas tentativas de aproximação e o problema do vestido cor-de-rosa vão ser resolvidos de uma forma bem bizarra e Charlie vai obter a sua recompensa.
Uma história divertida e que marca bem as diferenças entre gerações, traçado por Sue Welford, em mais um livro da colecção “Clube das Amigas”, da Editorial Presença.