Alice de Jean-Jacques Lecercle

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Alice
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Alice de Jean-Jacques Lecercle da Pergaminho

Alice

Um livro da Pergaminho que nos trás a análise de uma das mais carismáticas figuras das histórias dos mais novos: Alice no País das Maravilhas, por Jean-Jacques Lecercle.

Quem não se recorda de ‘Alice no País das Maravilhas’? Este é, talvez, o acontecimento mais emblemático da literatura infantil. Porquê? Porque a imagem de uma menina é aqui assemelhada ao perfil de uma verdadeira heroína para os mais novos. Da concepção que os mais novos respeitam os mais velhos, passamos aqui para a inocência da rebeldia infantil.

A protagonista de aventuras destemidas onde encontramos um rosto e corpo feminino à frente de toda a trama dá pelo nome de Alice num país de maravilhas e histórias de ficção. Uma imagem que vai contra os padrões comuns da moral e de uma sociedade aprisionada por valores de educação rígidos.

Nessa altura, Alice era um desvio dos padrões comuns da sociedade e uma provocação para as histórias de encantar.

Alice é reinventada para um padrão mais moderno, alteradas que estão as formas de analisar e encarar os valores mundanos. A menina bem comportada, com laivos de inocência, mas provocadora e emproada, salta da mente de Lewis Carroll, o seu criador, para a realidade.

Encontramos duas realidades infantis a desafiar a própria concepção de realidade. Assim, deparamo-nos com uma menina vitoriosa, adequada às necessidades sociais, mas sempre invocando a sua liberdade de acção e de pensamento. Mas, a figura do herói mantém-se no corpo da menina, modificando as concepções habituais das histórias infantis.

Actualmente, encontramos já muitas ‘meninas’ verdadeiras heroínas dos livros e imagens, fruto de que a concepção da exclusividade do papel do herói é agora dividida também pelo sexo feminino. ‘Alice no País das Maravilhas’ foi a pioneira deste movimento que Jean-Jacques Lecercle analisa neste ‘Alice’, da Editora Pergaminho.

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