Exposição de Vieira da Silva na Fundação Arpad Szenes

1834
Quadro de Vieira da Silva
Quadro de Vieira da Silva

A Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva tem patente a exposição “Kô et Tô e outras histórias” de Vieira da Silva até 14 de Abril. Uma viagem à criatividade da pintora é o que este espaço promove.

Vieira da Silva

Maria Helena Vieira da Silva nasceu em Lisboa no ano de 1908, e alguns anos depois começou a receber lições de música, pintura e desenho. Casa com o pintor Arpad Szenes em 1930, quando já residia em França, e três anos depois realiza a sua primeira exposição individual na cidade das luzes.

É em 1990 que cria a Fundação Vieira da Silva-Arpad Szenes, espaço onde podem ser conhecidos muitos dos seus trabalhos num local que ela própria concebeu.

‘Adoptada’ pelos franceses, devido ao seu casamento com Arpad Szenes, Vieira da Silva realizou inúmeras obras e trabalhos artísticos: em vitrais, pinturas, tapeçaria ou ilustrações.

O seu trabalho está todo repleto de êxitos em todas estas áreas, incluindo no campo das ilustrações infantis, onde Vieira da Silva deixou também o seu nobre contributo. No livro da Condessa de Ségur ‘Les Mailheurs de Sophie’, encontramos a sua assinatura nas ilustrações do livro.

As imagens do livro foram todas elas concebidas por si, viajando ao mundo das crianças com uma imaginação e sensibilidade incrível. Mais tarde, a pintora volta a pegar no universo infantil e assina o trabalho ‘Kô et Tô, Les Deux Esquimaux’ conjuntamente com Pierre Guéguen. Vieira da Silva foi a mentora das ilustrações deste livro para crianças, enquanto que Pierre Guéguen foi a mão que lhe deu vida através das palavras. Este seu trabalho inseriu-se na sua primeira exposição individual, corria então o ano de 1933.

Viera da Silva reúne um inquestionável espólio cultural e artístico. Frequentou a Academia de La Grande Chaumière e foi no Salon de Paris que teve oportunidade de participar numa exposição. No Brasil dedicou-se ao retrato, à cerâmica e azulejos, após já ter interiorizado memórias e laivos de outras culturas pelas quais teve oportunidade de viajar.

Autora da decoração da Estação de Metro da Cidade Universitária, Vieira da Silva não teve oportunidade de assistir à inauguração da mesma.

Já sobejamente conhecida por muitos locais do mundo ligados às artes, Vieira da Silva recebeu menções honrosas do país que a adoptou: França. No ano de 1992 Vieira da Silva morre na cidade de Paris, deixando para trás um trabalho que demonstrava o seu lado mais criativo e artístico.

A Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, espaço que fundou em 1990, reúne muitos dos seus trabalhos numa exposição única e de interesse inquestionável. As obras ilustradas da pintora podem ser apreciadas até 14 de Abril. Se não conhece um dos mais marcantes ícones artísticos, aproveite esta oportunidade!

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