O Cheiro a Samba e a Folia

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O Cheiro a Samba e a Folia
O Cheiro a Samba e a Folia

O Cheiro a Samba e a Folia

Conheça os atractivos deste Carnaval português, que de brasileiro tem cada vez mais…

A origem do Carnaval é discutível. Mas, todos fazem referência à Terça-Feira gorda e, às suas características religiosas. No Carnaval tudo, ou quase tudo, é permitido. A folia e a brincadeira, invadem os vários pontos do globo: desde Veneza, ao Brasil e a Portugal.

O Carnaval é a época das máscaras, das diversões, do perfume a samba e do cheiro da folia. Pula-se, brinca-se, fazem-se pequenas partidas. É nesta altura que, muitas das críticas, são toleradas. Utiliza-se o Entrudo, para fazer menção às coisas que nos desagradam e, os políticos, são quem mais sofrem. Pelo menos, em Portugal…

Falar de Carnaval obriga de imediato, a citar o Brasil. No Rio de Janeiro, Salvador da Baía ou Recife, o Carnaval é comemorado há muito tempo, como sendo a época mais importante, ao longo do ano. O ano de 2000, será inteiramente dedicado aos 500 anos de descobrimentos do Brasil. Pelo menos por uma vez, a presença portuguesa, vai lá estar e, não apenas vice-versa.

O Brasil foi buscar a sua cultura do Carnaval às tradições portuguesas que, tiveram início no século XVI. As festas eram ainda acompanhadas por música portuguesa e, só mais tarde, se recorreria aos ritmos brasileiros e à polka. “E viva Zé Pereira”, foi a primeira canção portuguesa, criada para pintar o Carnaval português.

No final da década de 20 foi criada a primeira escola de samba, no Bairro do Estácio, de nome “Deixa Falar”. A partir desta altura, o samba no Brasil e a arte de desfilar no sambódromo, nunca mais parou. Em 1984, foi criada a Passarela do Samba, local por onde as escolas de samba desfilam, sob o olhar atento de inúmeras individualidades.

Em pleno Rio de Janeiro, na Praça Onze, situa-se o Terreirão do Samba, local de opção para os que não têm acesso à Passarela. Paralelo a este exemplo do Carnaval de rua, está Portugal. Também por cá, as festividades em avenidas, são variadas. Pontos de referência são o carnaval de Ovar, Loulé, Sesimbra, Sines ou Alcobaça, entre outros.

Em Portugal as festividades do Entrudo, são assinaladas com os gigantones ou Zé Pereiras, contrastando com as escolas de samba brasileiras. No Brasil impera a folia, o suor, o ritmo contagiante do samba e, em Portugal esta festividade é mais vivida pelos mais pequenos que, se mascaram do seu herói predilecto.

Na cidade de Veneza, o panorama é diferente. Longe das festividades populares em que o Carnaval é feito pelo povo, sem discriminação de padrão social ou económico, em Veneza, encontra-se uma festa de classe e requinte, de não menos importância. Os mascarados vestem-se a rigor e, reúnem-se em frente ao Palácio de Doges. O desfile dos mascarados é feito em gôndolas, sob a voz dos “gondolieri” e, de noite a cidade é invadida pelas chamas luminosas, que chamam pelo amor.

O Carnaval de Portugal e do Brasil, contêm algumas semelhanças, em oposição total ao de Veneza, que implica um orçamento financeiro grandioso nos fatos, aos quais nem todos têm acesso. Daí, que se diga que Veneza é palco de um Carnaval erudito, em contraste com o do Brasil ou Portugal.

Deixamos-lhe algumas sugestões, do nosso Carnaval: em Alcobaça, o rei será João Baião e a sensual tiazinha, Susana Alves. Em Loulé a atracção serão os Los del Rio, com a sua Macarena. No Casino de Vilamoura, o Brasil marca a sua presença com Martinho da Vila e, em Sines a musa do carnaval será a Paola, de Terra Nostra. Estes são, apenas alguns dos atractivos deste Carnaval português, que de brasileiro tem cada vez mais…

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