Para respeitar a natureza, basta reciclar

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Respeitar a natureza, basta reciclar
Respeitar a natureza, basta reciclar

Reciclar! Não, esta não é a nova versão da guerra dos mundos. Mas poderá ser o princípio da sua participação na protecção ambiental, reciclando.

Respeitar a natureza, basta reciclar

Eles andam aí. São grandes, azuis e têm um enorme apetite para tudo o que pode ser reciclado. Não, esta não é a nova versão da guerra dos mundos. Mas poderá ser o princípio da sua participação na protecção ambiental.

Se você é daquelas que estremece de cada vez que houve falar do aumento da temperatura do planeta, mas mantém a política de não se preocupar onde vai parar todo aquele plástico das embalagens que usa, ou fica em estado de choque ao ouvir falar que o buraco do ozono aumentou, mas continua ainda assim a deitar fora o papel velho, então este artigo é para si.

Se por outro lado, costuma guardar sempre os papéis velhos e não deitar fora as pilhas usadas, esperando até à próxima vez que lhe calhe ir passear o Janeca para as depositar nos Ecopontos, então é altura para saber como o seu gesto tem estado a ajudar o ambiente.

Os Ecopontos recebem material que de outro modo seria desperdiçado no aumento de lixeiras, e reduz a extracção de matérias-primas necessárias à produção de artigos de consumo. Muitos são já os concelhos do país que contam com Ecopontos de recolha de vidro, embalagens, papel e cartão e pilhas e Lisboa optou pela cor azul para os seus depósitos.

Mas vamos a factos concretos. Sabe o porquê da escolha destes materiais para reciclar?

No vidrão deve colocar garrafas e boiões mas nada de rolhas, lâmpadas, cristais, espelhos pirex e loiças. O vidro é um material não degradável, o que quer dizer que onde ele ficar, vai lá ficar por muito tempo, mesmo que se parta. Pedaços de vidro deixados em locais arborizados, com a incidência da luz solar, podem provocar incêndios.

A sua reciclagem é bastante simples e significa, por cada tonelada aproveitada, menos uma tonelada de areia retirada dos rios para o fabrico de vidro novo e, para além de evitar a poluição inerente ao fabrico, significa uma poupança de 32% de energia e 50% de água.

No Ecoponto destinado às embalagens, deve colocar plásticos, garrafas, frascos, sacos e esferovites e latas de metais ferrosos e não ferrosos, mas nunca pacotes de leite ou sumos e bricks (cartões complexos). Lembre-se ainda que estas devem ser passadas por água e espalmadas.

As embalagens recicladas poupam a extracção de combustíveis como o petróleo (que tanto brado tem dado com o aumento da gasolina), um combustível fóssil esgotável. Quanto às latas, poupam a extracção de ferro e bauxite (alumínio), que provocam grandes impactes no meio ambiente.

Fabricar papel reciclado permite evitar o corte de milhares de árvores por ano, talvez o aspecto mais importante quando se pensa em reciclar. Todos os anos, só na capital, vão para as lixeiras mais de 100.000 toneladas de papel e cartão. No processo de reciclagem, poupa-se também o impacto ambiental causado pelo processo tradicional de fabrico de papel, com uma redução de 90 por cento.

Mais pequenas, mas não por isso mesmo importantes, são as pilhas, que contém metais pesados e poluentes, além de perigosos para a saúde humana.

Com esta recolha, evita-se a contaminação dos solos e rios. Retenha esta ideia: apenas uma pilha deitada para um rio pode poluí-lo por anos, para além de que os materiais perigosos de que é constituída vão entrar na cadeia alimentar.

E quanto a números?

No ano de 1998 foram entregues aos 330 Ecopontos e 356 vidrões, perto de 12 mil toneladas de resíduos de papel/cartão, embalagens e vidro. De Janeiro a Setembro de 1999 a recolha de papel aumentou 37%, a de embalagem 32% e a do vidro 5%. No que respeita às pilhas, o aumento foi do dobro do ano anterior, com um total de 19 toneladas.

Se estes números não lhe tocam, então… é melhor hibernar ou viajar para Marte. Pelo menos lá não vai encontrar os “chatos dos ecologistas”.

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