Sangue do Meu Sangue de Michael Cunningham da Gradiva
Sangue do Meu Sangue
Uma família típica de americanos, as suas alegrias, tristezas e desavenças enquanto atravessam o século XX. Uma família como qualquer outra, que reflecte toda a história humana e se perpetua através dos tempos.
Constantine é um jovem quando decide abandonar a sua terra natal e emigrar para a América pouco depois de 1935. Aí conhece Mary e inicia a sua família, ao mesmo tempo que embarca no negócio de construção de casas. Têm três filhos e…
Não é um romance que comece com a célebre frase ‘Era uma vez’ nem que termine com o ‘Viveram felizes para sempre’, mas é uma história que podia ser de qualquer pessoa, passada em qualquer ponto do mundo.
É a história de uma família, dos seus filhos, dos seus netos e bisnetos. É a história de benesses, de traições, de sexo e amor, de vidas que se constroem em bases por vezes pouco sólidas ou que se escondem atrás de máscaras e a história de pessoas que usam as máscaras para se deixarem descobrir.
Duas gerações que se degladiam com os seus medos, as suas ambições e as suas formas de vida que se prolongam nos seus dias e nas suas vidas, por vezes chegando a ferir as pessoas que mais se amam. Um retrato cruel dos dias das nossas vidas.
Um romance fortíssimo, cru mas ao mesmo tempo terno e que pouca ou nenhuma margem deixa para a imaginação do leitor, uma obra de Michael Cunningham, que recebeu o prémio Pulitzer e Pen/Faulkner com o seu romance também publicado pela Gradiva ‘As Horas’.
O autor cresceu em Los Angeles e vive actualmente em Nova Iorque e a sua escrita já o colocou no topo das preferências dos leitores pela sua consciência contemplativa, magoada e profundamente humana.