Colite ulcerosa é de uma doença inflamatória intestinal, composta por um grupo de alterações crónicas do tracto digestivo, desde a boca do intestino ao ânus.
As causas da Colite ulcerosa
As causas reais para esta doença ainda são ignoradas pela medicina.
Esta perturbação é menos rara do que se julga à primeira vista e as inflamações podem aparecer em pessoas relativamente jovens. A frequência desta patologia é muito elevada, sobretudo nos países anglo-saxónicos do norte da Europa e da América do Norte, tendo a incidência nestes países aumentado nos últimos anos.
Os indivíduos mais afectados são de raça branca e vivem em zonas urbanas, com idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos de idade.
Caracterização da doença
A colite ulcerosa caracteriza-se por afectar sempre o recto, algumas vezes também uma porção mais ou menos extensa do cólon, no intestino grosso e ocasionalmente o tracto final do intestino delgado. A gravidade da inflamação varia de ligeira, centrada numa pequena zona do recto (proctite), até uma forma muito mais grave, que abarca todo o cólon (pancolite).
Apenas a mucosa do intestino, a camada que está em contacto com as fezes, é afectada. A mucosa inflama-se e formam-se erosões, que passam a pequenas úlceras, que sangram com facilidade e dão o nome à doença. Com a passagem do tempo, estas ulceras dão lugar a pseudopólipos, fibroses e retracções.
Quando a zona lesada é o intestino delgado
O doente manifesta uma diarreia crónica, com fezes pastosas, que flutuam na água e exalam um cheiro mais desagradável que o normal. São mais frequentes pela manhã, ou durante a noite. Não rara é a dor com intensidade variável no abdómen, acompanhada de febre que não ultrapassa os 38º C.
A evolução da colite ulcerosa é tão variável como a sua gravidade. Na forma mais ligeira, chamada colite mucosa, existem surtos intermitentes de hematoquesia e diarreia, com evolução benigna. Em relação à colite reincidente, com uma gravidade moderada, manifesta-se por surtos mais severos com uma evidente inflamação da mucosa, com úlceras sangrantes.
Na sua forma mais grave, são recorrentes diarreias sanguinolentas, acompanhadas de anemia e grave afectação do estado geral do doente.
A complicação mais temida talvez seja o megacólon tóxico, patologia em que a parede do cólon se distende ao ponto dos seus movimentos desaparecerem, tornando indispensável o internamento hospitalar e mesmo a extirpação do cólon.
Diagnóstico e tratamento
São necessários vários exames para diagnosticar a colite ulcerosa, que se pode confundir com a doença de Crohn. Após o diagnóstico, será receitado um tratamento farmacológico e uma ligeira alteração dos hábitos. Primeiro que tudo, a ingestão de álcool está proibida.
Na alimentação, não é obrigatório deixar de comer certos tipos de alimentos, mas deverá seguir uma dieta equilibrada e ingerir mais proteínas, não abusando nas fibras, uma vez que estas aumentam o trabalho intestinal.
Com um seguimento médico e hábitos de higiene e alimentação saudáveis, o doente pode levar uma vida quase normal. Existem já associações de doentes que oferecem apoio psicológico e logístico. Ali vai encontrar ajuda logística e vai poder partilhar experiências.
O essencial é não cair no desespero que este tipo de doenças pode acarretar consigo.