Automedicação, quais os riscos desta prática

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Automedicação, quais os riscos desta prática
Automedicação, quais os riscos desta prática

Segundo a Associação Nacional de Farmácias (ANF), mais de um quarto da população portuguesa automedica-se. Quais os riscos desta prática?

Todos nós temos em casa um armário onde guardamos uma variedade considerável de medicamentos: pomadas, analgésicos, antibióticos, vitaminas, tudo cabe lá dentro. E é, precisamente, a este armário que recorremos quando nos sentimos mais em baixo.

Má disposição, uma pequena alergia, cansaço… Para quê ir ao médico, pensamos nós, se temos em casa um comprimido ótimo para o efeito? E o tempo que se perde em obter uma consulta? Ter que faltar ao trabalho?

A automedicação, ou seja, o consumo de medicamentos sem prescrição médica ou farmacêutica, é praticada por cerca de 26,2% da população inquirida neste estudo, tendo a maior parte das pessoas idades entre os 10 e os 49 anos. Analgésicos e preparados para constipação e tosse estão no topo da lista dos produtos farmacêuticos mais requisitados.

Será correta fazer automedicação

Realmente, em determinados casos, não podemos negar as vantagens da automedicação: é mais rápida e mais barata. Ir a um médico por causa de um nariz entupido? Mas outros há em que, o uso indevido de medicamentos pode ser perigoso.

Aproveitar os “restos” de um medicamento anteriormente receitado é algo mais que normal mas é, também, algo altamente perigoso: prazo de validade expirado, medicamento alterado, são apenas algumas das situações que podem ocorrer sem nos darmos conta.

Além disso, se uma febre pode não ser nada, também pode ser muito. Um dos riscos da automedicação é disfarçar os sintomas de uma patologia mais grave. Certos medicamentos podem, também, contribuir para o agravamento das doenças. Nestes casos, e se os sintomas persistirem por mais de 7 dias, deve-se consultar sem demora um médico.

As reações alérgicas são, também, mais frequentes do que se pode imaginar. Se, na maioria dos casos, a alergia é apenas incomodativa, outros há em que pode ser mortal.

Por isso, atenção: leia sempre a composição química do medicamento antes de o tomar. Bebés, crianças, mulheres grávidas ou que amamentem constituem um grupo de risco: qualquer consumo de medicamentos sem prescrição médica é desaconselhado.

Falamos de vantagens e desvantagens. No fundo, a palavra-chave da automedicação é moderação.

Assim, torna-se essencial informar a população acerca do uso correcto dos medicamentos. Cabe, essencialmente, aos médicos, aos farmacêuticos e aos outros profissionais da saúde passar a mensagem de como é possível usarmos os medicamentos com responsabilidade e bom senso, sem se correrem sérios riscos.

Regras para um uso correto dos medicamentos

  • Ler com atenção o folheto informativo.
  • Ter em atenção a composição química do medicamento.
  • Seguir, escrupulosamente, as indicações de dosagem e todas as instruções de uso.
  • Guardar a embalagem em local fresco e ter em atenção o seu prazo de validade – não esquecer de guardar também o folheto informativo.
  • Deitar fora todos os medicamentos cujo prazo de validade já expirou ou cujo aspecto tenha sofrido alterações.
  • Em caso de dúvidas, consultar o médico ou farmacêutico.
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