Margaret Thatcher, foi provavelmente a mulher mais poderosa deste século. Deixou a sua marca não só na Grã-Bretanha, mas em todo o mundo. Conheça a história desta senhora que diziam ser “de ferro“.
Prestes a entrar numa nova era, olhamos para trás e concordamos, sem sombra de dúvida, que o séc. XX foi marcado pela luta pela liberdade. Uma luta que, a julgar pelos resultados a nível mundial, podemos considerar ganha. E quando pensamos em liberdade, há sem dúvida dos marcos históricos: o discurso de Ronald Reagen no muro de Berlim e… Margaret Thatcher.
Disse acerca de si própria que não é “uma política de consenso, mas sim uma política de convicção.” E foi com essa convicção que fez prevalecer os seus princípios.
Os líderes ocupam momentaneamente o seu lugar na história, mas os princípios permanecem e dão força para que continue a defesa da liberdade, não enquanto um presente de um governo, mas enquanto um direito humano inalienável.
Margaret Thatcher nunca deixou que o mundo esquecesse a importância destes princípios. E graças a isso mereceu o título da mulher mais poderosa do mundo.
A Sra. Thatcher deixou uma marca indelével em todas as áreas da política internacional. A sua extraordinária auto-confiança e visão política valeram-lhe comparações com figuras como Winston Churchill, Charles de Gaulle, Elizabeth I e a rainha Victoria.
Ficou conhecida como “a dama de ferro“, graças à firmeza com que perseguiu os seus ideais conservadores e pela inflexível liderança do seu partido e dos ministros do seu gabinete. Margaret Thatcher foi a primeira mulher a ocupar o lugar de primeira-ministra do Reino Unido – e na Europa -, e lá permaneceu por três períodos consecutivos, sem nunca vacilar perante a evidente pressão dos grupos trabalhistas.
O seu nome de baptismo é Margaret Hilda Roberts – tornou-se Thatcher somente após o casamento – e nasceu a 13 de Outubro de 1925 na cidade de Grantham, na província de Lincolnshire, em Inglaterra. Formada em química pela Somerville College, em Oxford, veio mais tarde a especializar-se em direito tributário, uma área muito distante dos laboratórios onde, durante alguns anos, se dedicou à investigação científica.
Em 1959 foi eleita para o Parlamento, pelo Partido Conservador, e dois anos mais tarde ocupava a secretaria parlamentar conjunta do Ministério de Pensões e Previdência Nacional. Quando o também conservador Edward Heath foi eleito primeiro-ministro, em 1970, Margaret Thatcher passou a desempenhar o papel de secretária de estado para a Ciência e Educação. Foi em 1975, perante o fracasso eleitoral dos conservadores, que veio substituir Heath na liderança partidária.
Desempenhou essa tarefa de modo exemplar, de tal forma que, em 1979, o Partido Conservador ganhou as eleições, levando Margaret Thatcher ao lugar de primeira-ministra, tornando-se a primeira mulher a ocupar esse cargo num país europeu.
Logo no primeiro mandato, a “dama de ferro” adoptou medidas económicas rigorosas, com base na redução dos impostos e dos gastos públicos, começando desde aí o seu braço de ferro com os sindicatos. Apostou forte na privatização de empresas públicas e no enfraquecimento do welfare-State. Inflexível e decidida foi também a sua política perante o problema das ilhas Malvinas, ao enfrentar a Argentina, em 1982, posição que lhe valeu um imenso apoio por parte do povo britânico e garantiu novamente a vitória do seu partido nas eleições seguintes, e consequentemente um novo mandato à frente do governo britânico.
Manteve constante a sua política interna, acentuando mais ainda a tendência para a privatização do sector público. Mostrou-se muito pouco favorável à total integração da Grã-Bretanha na então Comunidade Económica Europeia, começando desde aí a suscitar antipatias dentro do próprio partido.
No entanto, em 1987 Margaret Thatcher venceu pela terceira vez consecutiva as eleições parlamentares para o Partido Conservador, tornando-se na detentora do mais longo mandato deste século no Reino Unido.
O aumento do desemprego na Grã-Bretanha – resultante da política de ferro desta senhora – e a relutância perante a integração económica na Europa conseguiram que uma ala do Partido Conservador, contrária à sua política, levasse Margaret Thatcher a renunciar à liderança do partido e a abdicar do cargo de primeira-ministra, em 1990.
Dois anos mais tarde, recebeu o título de baronesa das mãos da rainha Elizabeth II.