Se a intuição e a beleza são qualidades femininas, Estée Lauder foi intensamente mulher. Ninguém antes tinha ainda vislumbrado o enorme potencial económico da maquilhagem.
Estée Lauder
Lauder teve essa visão, e iniciou a sua empresa sem nenhuma particularidade em especial, mas ela encarregou-se de marcar a diferença com o correr do tempo.
Josephine Esther Mentzer, filha de emigrantes, nasceu em Nova Iorque, em 1910. O seu pai era ferreiro, mas a maior parte do tempo, Esther passava-o com um tio, químico de profissão, que fabricava cremes para a pela. Um dia, a jovem rapariga decidiu começar a visitar os salões de beleza e os clubes sociais e vender esses cremes à alta sociedade. Assim começou o seu império.
A qualidade do produto cosmético era boa, mas melhor ainda era o carisma da vendedora, que agradava às senhoras, na altura famintas de todo o tipo de novidades em relação à beleza, após o tempo de economias que a guerra trouxera consigo.
Com tenacidade que ficou a ser a sua imagem de marca, conseguiu, em 1948, um espaço no prestigioso prédio da Saks, na Quinta Avenida.
Uma vez estabelecida, a fórmula do seu êxito ficou a dever-se a três pilares essenciais: uma excelente qualidade dos seus produtos, uma boa relação com as clientes, e a oferta de amostras. A empresa Estée foi fundada com o seu marido Joseph Lauder, e prosperou de forma exponencial.
Nos nossos dias são sobejamente conhecidas as suas marcas Estée Lauder, Clinique e Prescriptives, que dominam 45 por cento do mercado dos Estados Unidos e distribuem os seus produtos por 118 países, e as vendas estão, hoje em dia, entregues nas mãos dos seus netos.
A máxima que inspirou Lauder em todo o seu negócio foi “pensar globalmente, mas agir localmente”, o que significou “estar presente” em todos os lados, juntamente com os seus produtos. Por isso, assistia à inauguração de todas as suas lojas e à apresentação de cada novo cosmético.
Uma prova de que a beleza pode ser conquistada de muitas maneiras.