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A Força das Palavras

A forca das palavras
A forca das palavras

A força das palavras pode ser algo ímpar que define o nosso estado de espírito.

Na infância, adolescência, ou já numa fase adulta, existem situações na vida de qualquer um que podem alterar por completo a forma como encaramos as coisas, desencadeando sentimentos estranhos e confusos para o ser humano. Dependendo da personalidade da pessoa, o peso que uma palavra tem numa determinada situação pode ser crucial e com consequências drásticas. Alguém comunicar que o cargo não foi conseguido, que o companheiro nos traiu, ou acusarem-nos de algo que não cometemos, pode suscitar em nós um mal estar psicológico enorme.

A verdade é que há palavras que magoam muito, ferem a alma, e aninham-se na nossa mente como algo que jamais esqueceremos. Ainda que a violência física seja dolorosa, existem inúmeros casos de violência verbal que deixam tatuadas marcas ainda mais profundas e inesquecíveis.

Dado que o ser humano tem uma maior facilidade em adoptar como real uma crítica, e guarda mais facilmente na memória um momento negativo do que um qualquer um positivo, a intensidade com a qual as palavras são ditas pode alterar drasticamente a sua forma de estar perante qualquer situação. Todavia, a influência negativa que as palavras têm em nós não sucedem da noite para o dia, já que essa influência é o resultado, na maioria das vezes, de uma infância baseada numa educação com palavras rígidas, severas e fortes.

Provocando diversos distúrbios emocionais, a violência verbal é uma realidade dos nossos dias, e desde sempre. Crianças que desde muito cedo sofrem com um ambiente familiar severo são as principais vítimas de problemas emocionais e psicológicos na adolescência. Com o tempo, essa marca pode até ser superada parcialmente, mas a realidade é que a forma como se fala com estas pessoas, mesmo na idade adulta, terá que ser de uma forma bem mais sensível.

O facto da pessoa cultivar traumas dentro de si, de um tempo na qual era vítima de violência verbal, poderá levá-la a seguir um percurso de vivência bem mais isolado do que as pessoas normais.

Tanto ao nível amoroso como profissional, estas são pessoas extremamente sensíveis, que bloqueiam à mínima dúvida, obstáculo, ou situação mais complicada. A verdade é que temem ouvir críticas, e não conseguir ouvir e aceitar que falharam numa determinada situação. A insegurança pode até não ser notória, de imediato, pelas restantes pessoas que a rodeiam, mas o seu comportamento evidenciará alguns sinais estranhos, como um excesso de fragilidade, algum bloqueio ou mesmo uma mudança súbita de estados de espírito.

A agressividade pode também ser um comportamento a adoptar pelas pessoas vítimas de violência verbal. Para disfarçar qualquer medo ou receio, a pessoa pode mesmo tornar-se algo agressiva, exteriorizando comportamentos e palavras violentas, que são apenas o reflexo de uma educação ou passado baseado nestas directrizes de violência.

A violência verbal está impregnada em quase todas as relações humanas: entre pais e filhos, irmãos, entre colegas de trabalho, e também entre superiores e subalternos, amigos, namorados, casados, ou mesmo em relações nas quais os envolvidos não têm qualquer relação anterior àquele momento, como é o caso da violência verbal entre automobilistas. O stress a que assistimos diariamente não favorece também as relações humanas e, por esse motivo, as pessoas podem desenvolver reacções distintas: agressão ou fragilidade em demasia.

A força das palavras pode ser muito útil em momentos distintos, mas pode, contrariamente, conduzir a situações inesperadas e de danos irreparáveis para o resto da vida. Há que saber gerir as palavras, atribuir-lhes o tom correcto, e saber utilizá-las nos momento correctos. Afinal, e como já dizia o velho ditado: “Quem diz o que quer, ouve aquilo que não quer”.

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