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Grasse: O berço dos perfumes

Perfume Grasse
Perfume Grasse

Já no tempo dos Romanos se utilizava os perfumes, como adereço fundamental ao corpo, propício à sedução e ao erotismo.

Alguém disse um dia, que os melhores perfumes, vêm em frascos pequenos. Se a afirmação é correcta, não importa. A realidade é que os perfumes são um adereço, que é comum, a quase todas as pessoas. Há-os de diversas essências: várias flores, ervas e aromas. Principalmente se, se estiver a falar do berço dos perfumes: a cidade de Grasse, na França.

Nos Alpes Marítimos, esconde-se uma vasta imensidão de campos de flores e de cheiros, entre a beleza da água do mar e o aroma intenso das montanhas. Grasse, situa-se na região de Proença, sob o cenário de prados aromáticos, onde o cheiro do jasmim irrompe, a cada passo que se dá.

A cidade francesa de Grasse é, desde há muito tempo, visitada por curiosos de todo o mundo, que vêm em busca das fragâncias das suas flores: a violeta, a rosa, a mimosa, a flor de laranjeira e, como não podia deixar de ser, o jasmim. Foi esta planta que permitiu que, esta cidade francesa fica-se detentora do titulo do centro dos perfumes.

Grasse, é a maior indústria perfumeira do mundo, ainda que de início, esta cidade fosse conhecida pelas suas fábricas de curtume. Á cidade, no século XVI, chegavam as luvas perfumadas, forma encontrada para disfarçar o cheiro das peles curtidas. Foi o comércio das peles da Grasse, que permitiu que esta táctica, se estendesse também ás luvas, ás malas, aos cintos, aos leques e coletes. As peles perfumadas, marcavam o seu início.

As primeiras peças eram misturadas em galhos de lavanda, mas o êxito foi tal, que a partir do século XVII, começaram a ser explorados também a rosa, a mimosa, o jacinto e o jasmim, nos vastos campos que rodeavam Grasse.

Os perfumistas de Grasse, especializaram-se neste ramo, aplicando-se na matéria prima e no seu fabrico. A venda também foi tida em conta, precavendo-se da competição de outros pólos de concorrência. Quando a industrialização chegou, a este mercado descobriram-se novas formas de extracção das essências e uma maior variedade de aromas, para produtos: os sabonetes ou mesmo a água de colónia.

Houve uma fase, na qual Grasse diminuiu bastante o seu cultivo, devido à forte concorrência do estrangeiro. O jasmim e as rosas, eram as suas únicas produções. Porém, com a procura de aromatizantes na indústria alimentar, Grasse recuperaria novamente.

A qualidade da terra e do clima, permitiu que o jasmim, continuasse a ser o bem mais precioso da cidade de Grasse. A “flor” como simplesmente é conhecido o jasmim, é uma fragância verdadeiramente discreta, mas sensual. Feminina por natureza, esta flor possibilitou a inspiração aos várias artistas, de vestirem este perfume com um frasco único, digno de uma majestade da região de Proença.

A colheita começa logo de madrugada e termina antes do meio dia, entre os meses de Julho e Outubro. As mãos das mulheres ou das crianças, são as contempladas para a colheita do jasmim. Na fábrica, depois de passarem pelo método denominado de enfleurage, grande parte da produção é adquirida pela Chanel (Nº5), Cacharel (Anais Anais), ou Nina Ricci (L’air du Temps).

Dos tempos em que Roma utilizava os perfumes, como adereço fundamental ao corpo, propício à sedução e ao erotismo, até aos dias de hoje, a importância dos perfumes em qualquer sociedade é um facto constatado.

Perfume-se e, deixe-se mergulhar aromáticamente nos encantos do aroma de Grasse…

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