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A história do Perfume ao longo dos tempos

História do perfume

Conhece o perfume que usa, e o que este pode dizer de si? E já agora, que tal ficar a saber um pouco da história do perfume, que é algo que nos acompanha todos os dias.

A história do Perfume

Queimar algo para libertar o seu perfume é um gesto antiquíssimo. A própria palavra ‘perfume’ sugere a sua origem fumegante, uma vez que tanto o termo português perfume, como o francês parfum e o italiano profumo, derivam do latim fumus, talvez numa referência às ondas de fumo perfumado que se erguiam para os céus durante os ritos de homenagem aos deuses.

As primeiras referências ao perfume remontam às antigas civilizações do Oriente Próximo, especialmente à do Egipto.

Os arqueólogos encontraram vasos de perfume de alabastro que remontam ao Terceiro Milénio antes de Cristo, e são numerosos os frescos com cenas da vida quotidiana que mostram rituais do perfume.

Os antigos egípcios reservavam as fragrâncias para os mortos e deuses, a ponto de instalarem dentro dos templos laboratórios destinados à preparação desses perfumes. No laboratório do templo de Hórus foi encontrada a receita das velas aromáticas que os sacerdotes acendiam na primeira oferenda da manhã às estátuas das divindades.

O sebo, embebido em drogas aromáticas, era primeiro tingido de cor-de-rosa, e depois queimado lentamente. Mais tarde, queimavam-se resinas de terebintina e o fumo subia aos céus para expulsar os espíritos malignos.

No final da cerimónia, o sacerdote espargia a estátua da divindade com óleos perfumados e cobria-a com um véu. Acreditava-se que os pedidos chegavam mais depressa ao reino dos céus quando levados por fumos aromáticos.

Este ritual tinha uma enorme importância devido ao preço elevado dos perfumes, sendo por isso apenas dedicados aos deuses ou aos grandes sacerdotes.

Os perfumes estavam também entre as oferendas dos reis para os templos, em conjunto com jóias e outros tesouros. Os perfumes continuaram durante séculos a ser exclusivos de reis e fidalgos.

O perfume nos nossos tempos

O primeiro perfume comercializado obteve o nome de ‘Água da Rainha da Hungria’ e data de 1370. Na Renascença, os italianos criaram a ‘Água Admirável’, considerada hoje em dia como o marco da perfumaria moderna.

A água de colónia

Uma vez que as fórmulas para estas águas perfumadas tinha de ter a aprovação da Faculdade de Medicina de Colónia, na Alemanha, depressa receberam a denominação de ‘Águas de Colónia’ e eram inicialmente consideradas como medicinais.

No ano de 1810, a perfumaria recebeu grande impulso, quando Napoleão publicou um decreto indicando que as ‘receitas medicinais’ deviam ser conhecidas publicamente.

Foi Guerlain o criador da ‘Água de Colónia Imperial’ em 1853 a que se sucederam outras criações do perfumista. No século XIX, com o evento da alquimia orgânica, começaram a surgir novidades.

O início do século XX foi marcado por criações de grandes perfumes e águas de toillete, derivadas do extracto de perfumes, que quase fizeram esquecer as águas de Colónia. Com Christian Dior, em 1966, a água de colónia é reavivada através do lançamento de Eau Sauvage.

Outro dado importante que revolucionou a indústria da perfumaria foi o movimento feminista que permitiu que tanto no campo da moda como da perfumaria, surgisse a moda para uso de ambos os sexos, o unisexo.

Nos nossos dias, a indústria de perfumaria procura encontrar soluções mais amplas que possam adequar-se também às diferenças de pele, climáticas e de estilo de vida e inclusive a fabricação de perfumes sem álcool através de novas fragrâncias naturais.

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