Movimentos de Arte Contemporânea: Realismo de James Maplas

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Movimentos de Arte Contemporânea: Realismo
Movimentos de Arte Contemporânea: Realismo

Movimentos de Arte Contemporânea: Realismo de James Maplas da Editorial Presença

Movimentos de Arte Contemporânea: Realismo

O Realismo foi um movimento que teve o seu nascimento em França, entre 1830 e 1840, e que passado pouco tempo foi acolhido também pela Inglaterra. Movimento artístico, iniciou-se a partir do romantismo e a sua expressão máxima foi E. Courbet. É a partir deste movimento que o livro de James Malpas se constrói.

O Realismo começou inicialmente por adoptar formas que agradavam a muitos, mas apenas algum tempo depois a sua transformação foi geral. Não se pretendia de forma alguma que o real fosse retractado com formas diferentes daquelas que a visão captava, dando-lhes uma maior ou menor beleza, mas sim que o Realismo pudesse servir como o espelho do real no seu olhar mais fiel.

E. Couber foi uma das vozes que se ergueu e que estava disposta a não deixar que a realidade fosse um mero instrumento nas mãos do Realismo. O objectivo era retractar as coisas tal como elas se apresentavam, com toda a sua beleza ou estranheza, com todo o seu brilho ou escuridão, sem modificar absolutamente nada.

Como todo e qualquer movimento, o Realismo era também constituído por algumas regras, e foi contra os parâmetros que transformavam a realidade que Coubert se manifestou. Na óptica de Coubert era o pintor que devia defini-los na tela, sem expor detalhes inexistentes, e procurando ser o mais fiel possível a essa sintonia dualista arte-realidade.

Em Inglaterra seria mesmo acordado que se retractaria somente a realidade natural das coisas, mas a verdade é que todas as obras que eram exibidas, mesmo as que estavam longe dos padrões de Coubert, eram consideradas fruto do Realismo. Isto porque, os autores das mesmas as defendiam como uma forma de realismo, pelo menos na sua concepção pessoal.

Por isso, o realismo passou a ser encarado como uma arte que a partir da realidade constrói a sua própria realidade nas telas que pinta, sendo esta última considerada a verídica. Ainda que declarassem que se opunham à imitação da realidade, era para alguns pintores realistas a reprodução da realidade como a verdadeira natureza das coisas.

James Malpas escreve este livro em torno deste choque de princípios do Realismo. É feita uma análise aos primórdios do Realismo, à sua evolução ao longo das décadas, abordando diversas questões que envolveram este movimento artístico, os antecedentes, consequências e mutações.

Um livro repleto de imagens, absolutamente fantásticas, oriundas das duas formas de Realismo. Uma união da história do Realismo fundido com as imagens é o que James Malpas lhe propõe, neste livro da Editorial Presença.

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