As noivas de Santo António estão de volta

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Noivas de Santo António
Noivas de Santo António

Casamenteiro ou não, o nosso santo continua a unir corações no seu dia, as noivas de Santo António continuam a fazer furor, nos altares da grande capital. Considerado como o santo casamenteiro e o padroeiro de Lisboa, Santo António de Lisboa, nasceu nesta cidade em 1195, sob o nome de Fernando Bulhão, perto da Sé, cuja escola frequenta mais tarde.

Para a vida religiosa ingressa em São Vicente de Fora e depois continua a sua vocação no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde é ordenado sacerdote. Em função missionária, viaja até Marrocos de onde parte para Itália, após ter-se tornado frade franciscano em 1220, no Eremitério de Santo Antão dos Olivais, de Coimbra.

É convocado para o Capítulo Geral da Ordem, no ano de 1121, por S. Francisco, e é ali que revela os seus talentos de orador na pregação aos seus confrades. Convidado para ensinar Teologia nas escolas franciscanas, viaja frequentemente entre Bolonha, Montpellier e Toulouse.

Em 1227 é nomeado ministro provincial no Norte de Itália, e em Pádua prossegue a sua carreira de professor de Teologia. É nesta cidade que morre em 1231.

As noivas de Santo António

Considerado como Santo casamenteiro, o Estado Novo aproveita para realizar a iniciativa das Noivas de Santo António, de 1958 a 1973. Na altura, as noivas recebiam os mesmos prémios que agora e muitos jovens casais aproveitavam para conseguirem um início de vida diferente.

Esta tradição repete-se desde 1997, organizada pela Câmara Municipal de Lisboa, como forma de reavivar os valores tradicionais da família e do casamento, numa cerimónia realizada na Igreja do Padroeiro.

É na noite de Santo António que as jovens querem saber com quem irão casar, colocando papelinhos com os nomes dos pretendentes dentro de uma bacia de água, e procurando freneticamente o nome que surgia do papel aberto pela água.

As imagens do Santo também não eram muito respeitadas, colocando-as de cabeça para baixo as donas de casa que não encontravam os objectos perdidos e as suspirosas moças amarrando a imagem para que esta lhes arranja-se noivo bonito.

Casamenteiro ou não, o nosso santo continua a unir corações no seu dia, e a fazer saltar fogueiras, na sua noite.

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