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Leasing automóvel: chave para um bom negócio

Leasing automóvel

Quer comprar carro, mas não dispõe de dinheiro para pagar a pronto? É provável que tenha de recorrer a um financiamento ou um Leasing automóvel. Se não fizer questão de ser o proprietário do veículo desde o início, a DINHEIRO & DIREITOS de Março aconselha o leasing como solução mais barata. Se não estiver disposto a abdicar desse direito, a revista sugere uma visita ao banco.

Leasing automóvel

Antes de se render à primeira proposta que lhe fizerem, considere todas as modalidades e informe-se pormenorizadamente sobre as condições. Após analisar 20 bancos, sociedades financeiras para aquisição a crédito (SFAC) e empresas de leasing, a revista da DECO concluiu que uma má escolha poderá custar várias centenas de euros a mais.

Do leasing ao renting

  1. Para quem não se importa de abdicar da propriedade imediata do carro a troco de uma taxa de juro mais baixa, a opção mais barata é o leasing no BES Leasing (TAEG: 5,34 a 5,81%).
  2. Se fizer questão de ser proprietário do carro desde o início e conseguir negociar o reforço do seu empréstimo à habitação com o banco, com um spread não superior a 1%, interessa-lhe um crédito com hipoteca. Esta modalidade tem, no entanto, alguns inconvenientes: só é vantajosa para empréstimos superiores a 20 mil euros e prazos a partir de 3 anos, o processo é demorado (no mínimo, dois meses) e os custos elevados (despesas de abertura, avaliação, registos provisórios, contrato de mútuo com hipoteca, etc.).
  3. Para quem não cumprir aqueles requisitos, a revista do consumidor aconselha o crédito com penhor. Para isso, é necessário dispor de uma aplicação financeira (por exemplo, conta poupança-habitação) que preveja não vir a precisar durante o prazo do empréstimo com, pelo menos, o valor que pretende pedir, para dar como garantia. Neste caso, pode conseguir uma taxa muito próxima das praticadas no crédito à habitação.
  4. Se não tem um imóvel ou uma aplicação financeira para oferecer como garantia, o crédito pessoal ou automóvel é a melhor solução. Se tiver 30 anos ou menos, a DINHEIRO & DIREITOS aconselha o crédito especial jovem do Montepio Geral (TAEG: 7,02 a 7,17%). Para os restantes consumidores, o crédito automóvel do Deutsche Bank (TAEG: 8,31 a 9,32%) é o indicado.
  5. Por último, o renting, que não é comparável com as outras modalidades, é ideal para quem não quer ter nenhuma preocupação com o carro. “É óbvio que esta demissão de responsabilidades tem o seu custo, tornando-o uma opção cara e apenas acessível a algumas carteiras”, segundo a revista de defesa do consumidor.

Concessionários pouco transparentes

No âmbito do estudo, os técnicos da DECO/PRO TESTE também visitaram anonimamente sete concessionários de venda de automóveis na zona de Lisboa e concluíram que estes nem sempre são transparentes com o cliente.

  1. Poucos foram os que alertaram para a existência de outros custos, como o imposto de selo e os seguros, além dos encargos de processo cobrados pelas instituições financiadoras. Mais grave ainda foi o facto de nenhum deles referir a TAEG (taxa anual de encargos efectiva global), que reflecte o custo total do crédito, e cuja indicação é obrigatória por lei.
  2. Para evitar esta situação, conclui a DINHEIRO & DIREITOS, as entidades financiadoras (bancos, SFAC, sociedades de leasing) deveriam fornecer uma ficha técnica completa do produto, assim como formação adequada aos vendedores, para aconselharem correctamente os consumidores sobre todas as formas de financiamento. Vender um crédito não é a mesma coisa do que vender um carro.

Para quem vai comprar carro

E para que tudo corra sobre rodas, na hora de pedir um financiamento, esta revista do consumidor deixa alguns conselhos.

  1. Informe-se sobre todas as características, vantagens e inconvenientes das diversas formas de financiamento disponíveis. Contacte o maior número de instituições financeiras – bancos, sociedades de locação financeira e sociedades financeiras para aquisições a crédito.
  2. Para negociar as condições de financiamento, comece por contactar o banco com que normalmente trabalha, pois aí poderá encontrar as melhores propostas.
  3. Analise bem todos os encargos associados às várias propostas de financiamento, como os seguros, por exemplo, pois estes podem variar de entidade para entidade. Pergunte sempre qual é a TAEG, que garantias são exigidas, se existem penalizações por amortização antecipada e se há custos de contratação a considerar (comissões de análise, por exemplo).
  4. Certifique-se de que consegue suportar a prestação mensal do seu empréstimo. Optar por um financiamento com um prazo mais alargado apenas para ter uma mensalidade mais reduzida não é a melhor solução – quanto maior for o prazo de pagamento, maior será o custo final do empréstimo. Tanto quanto possível, tente conjugar os dois factores: uma prestação ajustada à sua capacidade de endividamento, num empréstimo com o menor prazo possível.
  5. Se já contratou um financiamento automóvel, tente renegociar as condições do seu empréstimo para melhorar a taxa de juro e reduzir a prestação mensal.
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