O aumento da afluência em relação a esta arte provocou a proliferação de locais e o aumento dos aplicadores desta técnica que, por vezes, não têm a formação adequada.
O Body Piercing é considerado uma técnica arriscada, pois a sua aplicação contém um risco potencial de transmitir doenças através do sangue. Por isso, é muito importante a segurança sanitária nos centros de piercing.
O profissional desta área deve, também, ter o cuidado de aplicar as normas ao local e apostar em cursos de formação de higiene e segurança, para que possa realizar esta técnica com todas as garantias sanitárias necessárias, protegendo assim a sua própria saúde e a saúde dos seus clientes.
Quando se escolhe fazer um piercing deve-se saber se o ambiente é adequado e se o “piercier” tem experiência. A maioria das pessoas pensa que colocar um piercing é um processo fácil e que qualquer pessoa sem nenhum tipo de preparação o pode fazer.
No entanto, não é bem assim, pois um mau profissional pode provocar ferimentos e infecções graves e colocar em risco a sua vida e a do cliente. Todos os profissionais desta área devem fazer um exame sério acerca das condições sanitárias dos seus gabinetes.
Será que oferecem o melhor em termos de higiene aos seus clientes? Se lutarem para conseguirem melhores condições de segurança e saúde, será certamente um benefício para a profissão. Se pertencerem à Associação de Tatuadores e Body Piercers de Portugal, será uma garantia extra de qualidade e condições de higiene.
Higiene do material
Deve-se ter uma sala só para piercings. Esta deverá ser extremamente limpa. Deve ser desinfectada todos os dias (balcão, maca, etc.) para evitar riscos de contaminação.
As agulhas e restante material descartável contaminado ex: papel, compressas, cotonetes, etc., devem ser recolhidos para posterior eliminação por empresas competentes no tratamento de resíduos hospitalares. Os instrumentos como as pinças, tesouras, “penington”, agulhas de inserção e alicates, são colocados numa solução desinfectante de forma a cobrir o material.
Após 20 minutos, o material passa para um aparelho denominado Ultra-Son, este permite eliminar o sangue e resíduos que ficam no material. Seguidamente, e após o material secar, são introduzidos num aparelho denominado AutoClave. O AutoClave permite esterilizar o material, destruir toda a flora microbiana e, inclusive, as espécies bacterianas que são altamente resistentes. Todo o material deve ser embalado individualmente.
As jóias devem ter certificados de qualidade das melhores distribuidoras da Europa e Estados Unidos.