Segurança na alimentação: os alimentos que consumimos hoje em dia passam por diversos processos industriais, transformando-se em desconhecidos. Aprenda a conhecê-los e a consumi-los da forma mais segura.
Segurança na alimentação
A indústria alimentar está cada vez mais distante do consumidor, por isso de dia para dia os alimentos vão-se tornando cada vez mais desconhecidos.
Para além disso, as técnicas utilizadas na produção alimentar são cada vez mais complexas, e torna-se praticamente impossível termos noção das matérias primas de que são compostos os alimentos que comemos diariamente.
Portanto, e tendo em conta estes dois aspectos, todo o cuidado é pouco e convém que passemos a prestar maior atenção na altura de escolher e consumir os alimentos.
O consumidor tem direito a toda a informação relativa aos produtos que consome, através de rótulos claros e completos. Por vezes devemos encarar esta informação como aspecto decisivo na altura de escolher entre dois produtos aparentemente iguais.
E para permitir uma escolha criteriosa, é essencial que a embalagem nos forneça, de forma explícita, legível e em português um vasto conjunto de informações.
O que procurar num rótulo?
- Designação do produto pelo seu nome (bolachas, carne, massa, etc.), incluindo ainda o estado físico do produto ou o tratamento a que tenha sido submetido (concentrado, congelado, liofilizado, etc.)
- Prazo de validade (consumir de preferência antes de…), indicando a data até à qual o alimento conserva as suas propriedades específicas e se encontra em condições de ser consumido com segurança.
- Lista de ingredientes e aditivos, por ordem decrescente das quantidades.
- Indicação dos adoçantes e outros substitutos utilizados.
- Condições especiais de conservação do alimento.
- Modo de utilização do produto
- Quantidade de produto contido na embalagem, expresso em volume ou em peso.
- Indicação que permita identificar o lote a que pertence o produto.
- Região de origem, para que o consumidor não seja induzido em erro.
- Nome e morada do produtor, importador ou armazenista.
Aditivos
Hoje em dia a grande maioria dos alimentos industriais contêm aditivos artificiais. Estas substâncias são geralmente utilizadas para prolongar a conservação dos alimentos, mas também servem, por vezes, para melhorar o seu aspecto ou simplesmente para disfarçar a falta de matéria prima.
Os aditivos devem sempre constar no rótulo de cada alimento e, na Europa, designam-se pela letra E, seguida de três números. Podem identificar-se do seguinte modo:
- E-100 a 199 Corantes
- E-200 a 299 Conservantes
- E-300 a 399 Antioxidantes
- E-400 a 499 Emulsionantes, estabilizadores, espessantes, gelificantes, etc.
Se bem que existe uma lista de aditivos autorizados e respectivas normas de utilização, nada nos garante que os alimentos que os contêm sejam 100% seguros.
Os efeitos a longo prazo do consumo de aditivos são difíceis de testar e de prever. Para além disso, é praticamente impossível saber se consumimos mais do que a dose diária admissível, uma vez que esta está relacionada com o peso de cada um.
No caso das crianças, pode atingir-se muito depressa. Para além disso, a possível interacção entre os diversos tipos de aditivos ainda não está devidamente estudada. Por estes motivos e por muitos outros, o melhor será, sempre que possível, optar pelos alimentos sem aditivos e ter em atenção a segurança na alimentação.