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O que devo saber da fisiologia digestiva do latente?

O que deve saber sobre a fisiologia digestiva do latente

O que devo saber da fisiologia do latente, para compreender a sua alimentação? Entre as 30 e as 34 semanas de gestação, o bebé desenvolve a habilidade de mamar.

Ao nascimento, o recém nascido é impelido, por reflexo, para a fonte de alimento, mãe ( desejável omitir o biberão pelo fato de ser uma alternativa à incapacidade definitiva da mãe amamentar, pois poderia ser desincentivador do aleitamento materno).

O reflexo da deglutição possibilita a ida de líquido da parte posterior da boca para o esófago e os movimentos peristálticos deslocam o alimento ao longo do tubo digestivo. Infantes, de termo, absorvem mais de 90% de algumas gorduras.

As enzimas proteolíticas são suficientes para a digestão e absorção. A função renal está imatura e os alimentos ricos em proteínas ou com elevado teor de electrólitos, provocam sobrecarga osmótica, com prejudicial excreção aumentada (ex: leite de vaca).

O reflexo de repulsão / vómito presente entre os 2 a 3 meses, remove os alimentos da parte anterior da boca para fora, talvez como mecanismo protetor, pelo que comer sólidos ou beber líquidos por colher é difícil.

A amilase salivar que é baixa ao nascer, aos 3 meses atinge o nível de produção do adulto. Nos primeiros 3 a 4 meses a barreira e a função digestiva da mucosa está madura.

Antes do 4º mês e até este, o incompleto desenvolvimento do esfíncter esofágico inferior é demonstrado pelo refluxo gastro-esofágico. A barreira mucosa às largas moléculas proteicas parece estar intacta e a maioria dos lactentes têm competência para excretar elevadas sobrecargas osmolares.

Entre o 4º e 6º mês a maioria dos latentes já absorve 95%, ou mais, da gordura ingerida. Antes dos 6 meses a amilase pancreática é baixa mas, já ao nascer, uma variedade de hidratos de carbono é digerível.

Até quando poderá a mãe amamentar?

Até ao 6º mês, a mãe (lactante) terá reservas suficientes para atender as necessidades nutricionais do lactente. Depois deste período e por vezes até ao final do 1º ano, ela poderá amamentar se assim desejar, mas há necessidade de complementar a alimentação da criança com outros alimentos que serão introduzidos gradualmente, embora quase nunca antes do 4º mês.

Caso na consulta infantil, seja detetado um lactente (bebé até ao 6º mês de vida) com dificuldades em ser amamentado pelo menos até ao 4º mês de vida exclusivamente com o leite materno, o que poderá acontecer?

Entre várias situações limitativas do aleitamento materno poderá estar uma hipogalactia (produção de leite materno ou de valor nutricional insuficiente) com consequente nula ou reduzida progressão do peso do bebé.

Sob vigilância clínica, ser-lhe-á dada a orientação, para que em complemento ou exclusividade o lactente usufrua de uma fórmula de leite artificial para lactentes, ou “leite maternizado” adequado ao seu caso e que vise reproduzir a performance do bebé amamentado.

O que acontece caso sob orientação clínica o lactente, antes do 4º ou 6º mês já tenha iniciado um “leite maternizado ou fórmula artificial para lactente” ?

Deverá continuar, a partir desta idade e até ao final do 1º ano, com uma fórmula de leite artificial de continuação, vulgarmente designada de “fórmula de transição”.

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