Descobrir o futuro através de símbolos gravados em pedra pode parecer estranho, no entanto é desta forma que funciona a consulta das runas.
O termo “runa” provém de raiz proto-germanica e no nórdico antigo significava “escrita secreta“, e em gótico referia-se a algo de secreto ou sussurrado.
Usadas pelos vikings, segundo a mitologia nórdica, estas pedras foram um presente para o deus Odin, pela sua perseverança no sacrifício que lhe foi imposto em permanecer 9 dias e 9 noites pendurado na Yggdrasil, a Árvore da Vida. Foi no meio dos tormentos que ali sofreu, entre a fome, a sede e as intempéries, que Odin vislumbrou as runas e pôde assim penetrar no mistério que estas apresentavam.
As runas são a simbologia mágica dos vikings, tratando-se de um oráculo que tem a capacidade de descortinar a alma humana, e que não serve apenas para ler o futuro, mas antes indica as saídas alternativas que se nos deparam na vida em diversas situações.
Os símbolos rúnicos, que representam as letras de um antigo alfabeto germânico, o “Futhark”, devem ser gravados em objectos de origem natural, como pedras, madeira, conchas ou sementes, com um formato ovalado ou rectangular.
Datam do século III e IV D.C as mais antigas escritas rúnicas conhecidas, gravadas em pedra e descobertas na Dinamarca.
Escritos antigos referem as runas, usadas como jogo divinatório, gravadas em pequenas pedras dos rios ou gravetos e que eram manuseados por homens ou mulheres (runemals) de vestes exuberantes, com mantos ornados de pedras, capuzes de peles e que caminhavam apoiados em bastões. No cinto, ia presa a bolsa que continha as pedras rúnicas.
O primeiro século da nossa era, marcou o começo da arte da leitura das runas por toda a Europa, mas com a expansão do Cristianismo e a perseguição infringida a todos os símbolos pagãos, foi esquecida, excepto na Islândia e redescoberta há cerca de quarenta anos atrás.
Se deseja saber mais sobre si mesma, não deixe de consultar o poder das runas, uma sabedoria milenar.