A Velhice do Padre Eterno de Camilo Castelo Branco

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A Velhice do Padre Eterno
A Velhice do Padre Eterno

A Velhice do Padre Eterno de Camilo Castelo Branco da Lello & Irmão Editores

A Velhice do Padre Eterno

A Velhice do Padre Eterno é o retrato da escrita de Guerra Junqueiro, à qual tão bem nos habituou. Com um estudo de Camilo Castelo Branco, vale sempre a pena ler A Velhice do Padre Eterno…

Não tem a ver com o estado de espírito ou com a disposição que se possui no momento, mas sim com a paixão pela literatura e pela poesia. Guerra Junqueiro foi um poeta do seu tempo e continua a sê-lo hoje, mesmo depois de morto. Os seus escritos são relembrados sistematicamente, e servem de base para cultivarmos a veia dos poetas do nosso povo.

A Velhice do Padre Eterno é constituído por escritos repletos de sarcasmo, ironia e provocação. Guerra Junqueiro habituou os seus leitores a um tipo de escrita muito particular e característica, facilmente reconhecível pelo seu carácter destemido e franco. Foi uma figura do seu tempo, mas é indubitavelmente uma personagem de todos os tempos.

A Velhice do Padre Eterno é mais um dos exemplos de escrita de Guerra Junqueiro. Escritos perdidos no tempo, mas que constituem sempre uma mais valia em qualquer altura que sejam lidos e interpretados. Guerra Junqueiro aprecia a escrita acerca da religião, na qual promove um ritual de negações e de especulações acerca da sua essência e dos seus representantes.

Este livro é o típico exemplo de provocação consciente, das palavras inscritas meticulosamente em cada frase, com o sentido de dar a verdadeira interpretação que Guerra Junqueiro pretendia. O poeta fala de Deus, almas, de veneno, de igrejas, padres, do mal, e todos as referências possíveis e imaginárias à religião, utilizando o molde de poema.

Como um verdadeiro “cozinheiro” da literatura, Guerra Junqueiro construiu um excelente espólio que A Velhice do Padre Eterno ajuda a valorizar. Com um estudo aprofundado do não menos conhecido Camilo Castelo Branco, Guerra Junqueiro congratula os portugueses com esta emblemática recordação – A Velhice do Padre Eterno.

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