A celebração do Natal em cada religião

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Noite de Natal
Noite de Natal

Todos sabemos que o Natal não é um feriado “universal“. Trata-se de um feriado religioso, uma celebração do Natal cristã. No entanto, e como faz parte da nossa tradição – quer sejamos ou não religiosos, o Natal é sempre celebrado, nem que seja apenas com a troca de presentes – temos talvez tendência a pensar que, no dia 25 de Dezembro, o mundo inteiro tem uma árvore enfeitada, um presépio, uma ceia e muitas prendas.

Claro que não é bem assim. Portanto, fique a saber o que fazem os membros de outras religiões no dia 25 de Dezembro, e se também eles têm o seu Natal.

Os Judeus

Durante aquela que é, para os cristãos, a semana do Natal, no Judaísmo – que não reconhece Jesus Cristo como messias e portanto não celebra o seu nascimento – tem lugar uma das mais importantes celebrações judaicas: o Hannukah.

O Hannukah dura 8 dias e comemora a vitória histórica dos Macabeus sobre o domínio greco-assírio, numa rebelião que durou três anos. Após a restauração do templo de Jerusalém, os judeus acenderam um candelabro de ouro – o conhecido Menorah, o típico candelabro judeu, para 8 velas – com azeite puro suficiente para que ficasse aceso um dia inteiro. No entanto, milagrosamente, o menorah permaneceu aceso durante 8 dias seguidos, tempo suficiente para que fosse possível arranjar mais quantidade de azeite puro. Recordando esse milagre, os judeus acendem uma vela na primeira noite do Hannukah, acendendo mais uma por dia durante os sete dias seguintes, até que o Menorah. Tenha as 8 velas acesas.

Os Budistas

O calendário budista já vai no seu 6º milénio a contar do nascimento de Buda – Siddharta Gotama. No entanto, este “Natal” budista não é celebrado em Dezembro, mas sim no dia 22 de Maio. A festa chama-se Visakha Puja e celebra o nascimento, a iluminação e a morte de Buda.

As celebrações contam com o seguimento de alguns dos princípios fundamentais da religião, como é o caso da meditação. Os monges budistas conduzem procissões na proximidade dos templos, assim como cânticos e sermões.

Os fiéis desta religião têm por hábito limpar as suas casas e ornamentá-las no exterior e no interior com grinaldas de flores frescas. As grandes estátuas de Buda são trazidas para fora dos templos e, ao escurecer, são iluminadas por centenas de velas e lamparinas. As estátuas são molhadas com água aromatizada e as pessoas deslocam-se em seu redor em círculos, entoando cânticos e segurado velas.

Os Islâmicos

A religião islâmica é marcada por dois grandes momentos de celebração, no entanto nenhum deles permite uma analogia com o Natal cristão. Trata-se do mês do Ramadão e da peregrinação a Meca. Uma vez que os islâmicos seguem um calendário lunar, as datas destas celebrações de acordo com o nosso calendário variam de ano para ano.

Durante o Ramadão, que corresponde ao 9º mês do calendário lunar, os fiéis do islamismo jejuam desde o nascer do sol até ao anoitecer. De acordo com a fé islâmica, este jejum fecha as portas ao mal e favorece a bondade. É a forma de os islâmicos encararem a realidade da vida.

O 12º mês é a época de peregrinação a Meca, que todos os islâmicos têm de fazer, pelo menos uma vez na vida. Meca é o local de nascimento do profeta Maomé, que nasceu no quinto século da era cristã. Todos os anos a mesquita de Meca recebe milhões de fiéis na época da peregrinação.

Os Pagãos

Em primeiro lugar, é importante esclarecer que pagãos não são aqueles que não são cristãos, mas sim aqueles que seguem a Velha Religião de adoração à Mãe Natureza e ao Deus Sol.

No mês de Dezembro, mais precisamente no dia do solstício de Inverno, os pagãos celebram o segundo sabbat – chamado Yule – que corresponde ao nascimento do Deus Sol. O dia 21 de Dezembro é o dia mais pequeno do ano, a partir do qual as noites passam a ser mais curtas. Portanto os pagãos associam essa data à altura do ano em que a Deusa Mãe dá à Luz o Deus Sol que vem fertilizar as colheitas e aquecer a Terra. No Yule, os pagãos acendem fogueiras, enfeitam árvores e trocam presentes, para além de procederem aos típicos rituais de reverência à Deusa e ao Deus.

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